O Brasil produz 57 milhões de toneladas de lixo por ano e, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), só 2,4% dos resíduos sólidos urbanos são reciclados. Esse percentual é pequeno quando comparado com o de outros países. Contudo, empresas do setor de reciclagem enxergam uma chance de aumentá-lo significativamente.
A expectativa deve-se, principalmente, à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei cria regras para o tratamento do lixo e, para especialistas em reciclagem, abre uma grande oportunidade para o setor.
A avaliação foi feita pelos participantes do Congresso Internacional de Negócios da Indústria da Reciclagem, aberto na terça-feira, 28 de setembro, em São Paulo. O evento faz parte da feira Expo Sucata e reuniu empresários e representantes da sociedade ligados à gestão do lixo.
“Alguns países da Europa reciclam 45% dos seus resíduos. Podemos chegar lá”, afirmou Stefan David, consultor de reciclagem da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidros (Abividro) durante a palestra que abriu o evento.
Segundo ele, a PNRS estabelece que todos os agentes envolvidos na fabricação, distribuição, venda e consumo de produtos sejam responsáveis pelos seus resíduos. Estabelece também o fechamento de todos os chamados lixões (locais em que o lixo é depositado sem tratamento ou separação) até o ano de 2014. Isso, de acordo com David, vai obrigar a sociedade e o poder público a buscar alternativas para o lixo produzido nas cidades. O aumento da reciclagem é, com certeza, uma delas.
“Se tivermos uma fiscalização séria, fecharmos mesmo os lixões, teremos oportunidades para todo mundo”, complementou o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Marcos Fonseca. “Oportunidades para nós, que trabalhamos com ferro, mas também para quem trabalha com vidro, plástico, papel e no recolhimento destes materiais”.
Para que isso realmente saia do papel, entretanto, empresários cobram ações do governo federal. Apesar de sancionada, a política de resíduos ainda não foi regulamentada e, portanto, não existem normas claras para sua aplicação nos estados e municípios.
Empresários dizem que também não há recursos suficientes para adotar todas as mudanças previstas na lei em um prazo tão curto. Segundo Ariovaldo Caldagio, diretor do Sindicado das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur), sem investimentos, o projeto exemplar pode tornar-se somente uma carta de intenção.
“Podemos sonhar com a mudança na coleta do lixo, mas precisamos investir para torná-la real”, disse ele, durante uma das mesas de debate do congresso.
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br
Inventário de Emissões de GGE - Licenciamento - Terceirização de Departamentos / Secretarias Ambientais - Auditoria Ambiental - Projetos de Eficiência Energética - Assessoria em Sustentabilidade
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Secretário de Biodiversidade vê risco de se repetir em Nagoya fracasso de Copenhague
O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Ferreira de Souza Dias, disse na última quinta-feira que vê risco de se repetir este ano, em Nagoya, no Japão, o fracasso da Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas (COP) ocorrida, no ano passado, em Copenhague sobre mudanças climáticas. O tema deste ano – biodiversidade - será debatido entre os dias 18 e 29 de outubro.
"Nós vamos trabalhar até o último momento para o sucesso da conferência, mas existem desafios muito grandes e não há, por enquanto, apoio de todos para garantir esse sucesso", disse. Ferreira informou que vários países ricos estão impedindo a conclusão das negociações do protocolo e muitos deles não querem colaborar financeiramente para que sejam adotadas medidas de preservação ambiental.
Ferreira ressaltou ainda que, caso não haja acordo entre os países participantes, "o Brasil será um dos mais prejudicados por ser rico em biodiversidade". Segundo o secretário, em 2020, data limite para adoção de metas de preservação da fauna e da flora, o país pode ser acusado de não ter obtido êxito na implementação de medidas.
Na avaliação do secretário, o Brasil tem avançado nas ações tanto que conseguiu reduzir em 75% a taxa de desmatamento, no período de 2004 a 2009, embora reconheça a necessidade de avançar ainda mais.
Fonte: Agência Brasil
"Nós vamos trabalhar até o último momento para o sucesso da conferência, mas existem desafios muito grandes e não há, por enquanto, apoio de todos para garantir esse sucesso", disse. Ferreira informou que vários países ricos estão impedindo a conclusão das negociações do protocolo e muitos deles não querem colaborar financeiramente para que sejam adotadas medidas de preservação ambiental.
Ferreira ressaltou ainda que, caso não haja acordo entre os países participantes, "o Brasil será um dos mais prejudicados por ser rico em biodiversidade". Segundo o secretário, em 2020, data limite para adoção de metas de preservação da fauna e da flora, o país pode ser acusado de não ter obtido êxito na implementação de medidas.
Na avaliação do secretário, o Brasil tem avançado nas ações tanto que conseguiu reduzir em 75% a taxa de desmatamento, no período de 2004 a 2009, embora reconheça a necessidade de avançar ainda mais.
Fonte: Agência Brasil
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