quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Triplica número de afetados pelo clima no Brasil

De 2007 a 2009, triplicou o número de brasileiros afetados por inundações, secas, vendavais e temperaturas extremas. É o que revela o Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, lançado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento mais impressionante ocorreu no item inundações. Em 2009, as enchentes – que em 2007 haviam afetado 1 milhão de pessoas – impactaram 3,2 milhões de brasileiros. No item secas, o salto foi de pouco mais de 750 mil para cerca de 1,8 milhão, e nos desastres com causas eólicas e temperaturas extremas, o número de afetados passou de 200 mil para 800 mil.

As informações do atlas foram divulgadas três dias após o fim da Conferência do Clima das Nações Unidas, realizada em Cancún, México.

Em sua sexta versão – a primeira foi em 1937 e a quinta, em 2000 –, a publicação mostra a evolução da proporção de vítimas e dos tipos de desastre distribuídos pelo território brasileiro no período 2007-2009.

O atlas revela, por exemplo, que Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Piauí foram os Estados que tiveram a maior proporção de habitantes afetados – entre 12,1% e 15,2%.

No ano passado, os gaúchos foram os mais afetados pelas secas. Do 1,6 milhão de habitantes que sofreram com desastres naturais no Estado, mais da metade enfrentou a falta de chuvas.No mesmo ano, os capixabas foram fortemente afetados pelas enxurradas.

Os números divulgados ontem abalam uma crença arraigada no senso comum: a de que o Brasil estaria livre de grandes tragédias naturais que afetam duramente outros países.

Eixos. Território e Meio Ambiente é o nome de um dos quatro “eixos” do atlas, que, por determinação legal, leva o nome daquele que é considerado o maior geógrafo nascido no Brasil, Milton Santos (1926-2001).

Em suas páginas, disseca questões como uso de agrotóxicos, espécies em extinção, reservas florestais, cobertura vegetal, biomas, queimadas, ameaças à biodiversidade – tudo referenciado em mapas coloridos do Brasil e dos Estados. As fontes são o próprio IBGE e órgãos oficiais, do Instituto Chico Mendes à Fundação Nacional do Índio, abrangendo instituições internacionais, como o Banco Mundial.

Na mapa das Fontes de Ameaças à Biodiversidade, por exemplo, é possível ver a Concentração de Fontes de Ameaças, representadas por uma escala de cores que vai do amarelo (muito baixa) a negro (muito alta). A ilustração expõe a proximidade ou distância de unidades de conservação, por exemplo. O período examinado vai até setembro de 2009. Em outras páginas é possível ver a representação da Poluição Industrial Potencial e do Uso de Agroquímicos.

A primeira, com dados de setembro de 2010, mostra que os Estados que concentram mais poluentes são São Paulo e Minas Gerais. Um gráfico indica que o poluente industrial mais emitido no País é o monóxido de carbono (CO). Sozinha, a indústria metalúrgica responde pela emissão anual de 400 mil toneladas dessa substância. A segunda revela que São Paulo liderou, em 2005 (último dado disponível), o consumo de agrotóxicos, com 55 mil toneladas anuais.

Fonte: Estadão.com.br

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Iluminação das cidades piora poluição do ar

Uma pesquisa de cientistas americanos sugere que as luzes fortes de cidades podem piorar a poluição do ar.

O estudo da Administração Oceanográfica e Atmosférica dos EUA (Noaa, na sigla em inglês) indica que a claridade que é jogada para o céu interfere com reações químicas.

Essas reações normalmente ajudam a limpar o ar da fumaça dos carros e fábricas durante a noite.

O estudo da Noaa foi realizado com a ajuda de uma aeronave que sobrevoou Los Angeles e foi apresentado na reunião da União Americana de Geofísica, em São Francisco.

Escapamentos de carros, chaminés de fábricas e outros tipos de emissões formam uma mistura de moléculas que a natureza tenta limpar.

Para esta limpeza é usado um óxido de nitrogênio que quebra elementos químicos que, de outra maneira, formariam poluição e ozônio e que transformam o ar da cidade em algo irritante para as vias respiratórias.

A limpeza geralmente ocorre durante as horas de escuridão, pois o óxido de nitrogênio é destruído pela luz do sol, por isso este óxido de nitrogênio aparece apenas durante a noite.

As novas medições do Noaa indicam que a energia de luzes que ficam acesas durante toda a noite nos grandes centros urbanos estão suprimindo o óxido de nitrogênio. As luzes podem ser 10 mil vezes mais fracas do que o sol, mas o efeito ainda é significativo.

"Nossos primeiros resultados indicam que as luzes podem desacelerar a limpeza noturna em até 7% e elas também podem aumentar em até 5% os (elementos) químicos iniciais para poluição por ozônio no dia seguinte", afirmou Harald Stark, do Noaa, à BBC.

"Precisamos trabalhar mais para quantificar o próximo passo, que será o quanto de ozônio nós podemos ter no dia seguinte. Este trabalho será importante, pois muitas cidades estão perto de seus limites regulatórios em termos de níveis de ozônio. Então, até mesmo uma mudança pequena pode ser importante", acrescentou o cientista.

A maioria das lâmpadas usadas em Los Angeles é de lâmpadas de vapor de sódio ou então halógenas. De acordo com Stark, mudar a iluminação pública para outros tipos de lâmpadas limitariam esse efeito.

O óxido de nitrogênio é menos afetado por luz vermelha, mas o cientista duvida que as autoridades municipais queiram iluminar as cidades com luzes vermelhas.

Uma forma de lidar com o problema seria seguir as orientações ativistas que fazem campanha por "céus escuros", que afirmam que é melhor manter as luzes apontadas para o chão para evitar que o brilho apague a luz das estrelas.

"Este efeito é mais grave no alto, no ar, do que diretamente no chão. Então, se você conseguir manter a luz apontada para baixo e não a quer refletida nos céus, para partes mais altas da atmosfera, então você certamente terá um efeito muito menor", disse Stark.

Fonte: Folha.com

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Pesquisa gera água potável, produz hidrogênio e trata efluentes simultaneamente

Pesquisadores das Escolas de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade de Denver, no Colorado, Estados Unidos, descobriram uma forma de dessalinizar água, produzir hidrogênio e tratar efluentes poluídos – tudo de forma simultânea.

A descoberta foi feita através da melhoria de uma tecnologia publicada em 2009 que incorporava o processo de dessalinização em células microbianas de combustível, criando um processo capaz de tratar as águas residuais e produzir eletricidade ao mesmo tempo. Porém, colocar o sistema em funcionamento se mostrou um problema para primeiros pesquisadores.

Assim, a equipe de cientistas da Universidade de Denver decidiu aprimorar a tecnologia, e após seis meses de experimentos conseguiram produzir o gás hidrogênio (que pode ser coletado e armazenado) através do sistema.

A pesquisa foi publicada na Environmental Science and Technology no dia 1º de dezembro e financiado pelo Escritório de Pesquisa Naval americano. De acordo com Zhiyong Ren, co-autor da pesquisa, “navios e suas tripulações precisam de energia gerada no local, bem como água potável. Assim, a Marinha está muito interessado em ambos os processos; dessalinização com baixo consumo de energia e produção de energia renovável”.

Outro estudo recente, feito por um grupo da Universidade Estadual da Pensilvânia, demonstrou resultados semelhantes no qual a energia contida no gás hidrogênio não apenas compensava o que era gasto no processo de dessalinização, como possuía excedentes que podiam ser empregados em outras atividades.

Segundo os pesquisadores de Denver, a próxima etapa da pesquisa será utilizar água residual para testar a eficiência da tecnologia e otimizar a configuração do reator para melhorar o desempenho do sistema. “Estamos muito animados com nossas descobertas e vamos continuar trabalhando para aprimorar essa tecnologia”, afirma Ren.

Fonte: EcoDesenvolvimento

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Brasil é responsável por 52% dos gases do efeito estufa na América Latina

Brasil, Argentina, Venezuela e México são responsáveis por 79% das emissões de gases que causam o efeito estufa na América Latina, indica um relatório das Nações Unidas divulgado na segunda-feira na Cúpula sobre Mudança Climática (COP-16).

O documento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), desenvolvido com o apoio do instituto GRID Arendal, destaca que o Brasil sozinho fornece 52% das emissões de toda a região.

O estudo adverte que as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) na América Latina em 2006, excluindo as por mudança no uso da terra, foram de 38,754 bilhões de toneladas métricas.

Analisando dados de 2005, a pesquisa assinala que a média das emissões per capita da região, também excluindo as por mudança no uso da terra, foi de 5,5 toneladas métricas de CO2, sendo que Trinidad e Tobago, Uruguai, Venezuela e Argentina registraram, nessa ordem, as maiores emissões por habitante.

As principais fontes de emissão de gases do efeito estufa na América Latina são a mudança no uso da terra e silvicultura, agricultura e energia, acrescenta o documento, intitulado "Os Gráficos Vitais da Mudança Climática na América Latina e Caribe".

Por países, o Brasil é o maior emissor por mudança no uso da terra, com mais de 800 mil toneladas métricas de CO2.

"A importância da agricultura na região se vê refletida também nas emissões, tendo Brasil, Paraguai, Argentina, Jamaica e Colômbia uma participação significativa deste setor no total de suas emissões", ressalta o estudo.

Quanto às emissões por energia na região, os dois países que mais contribuem são México e Brasil, que juntos emitem mais de 500 mil toneladas de CO2.

"Apesar de ainda não sermos grandes emissores, se a América Latina seguir crescendo de maneira contínua e com a mesma plataforma produtiva, poderemos nos transformar em grandes emissores no futuro", indicou o pesquisador da Cepal e coautor do documento, Luis Miguel Galindo, em entrevista coletiva para apresentar os resultados do estudo.

Segundo Galindo, América Latina e Caribe têm um índice de emissões de 1.152 toneladas de CO2 por cada milhão de dólares do seu Produto Interno Bruto (PIB), muito superior à média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 481 toneladas de CO2 por cada milhão de dólares de PIB.

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Brasil pode ter 93% da matriz energética limpa até 2050

Um relatório do Greenpeace demonstra que o País pode ter 93% da energia elétrica com origem em fontes renováveis, como eólica, biomassa e solar, sem deixar de ter crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O documento foi apresentado na terça-feira durante a Conferência do Clima da ONU de Cancún, a COP-16.

O aumento da energia limpa é chamado pela ONG ambientalista de revolução energética. Haveria benefício ao ambiente com a redução do uso de combustíveis fósseis para gerar energia, já que eles contribuem para as mudanças climáticas. Também seria uma forma de garantir a geração de 3 milhões de empregos.

Segundo Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace, foram consultados especialistas de diversas instituições para a elaboração do relatório, como a Universidade de São Paulo (USP) e a União da Indústria da Cana-de-Açúcar.

No cenário da revolução energética, as hidrelétricas responderiam por 45,6% da matriz, a eólica por 20,3%, a biomassa por 16,6% e a solar por 9,26%. Considera-se que é possível aumentar até 2050, nesse quadro, em até três vezes a taxa de consumo de energia e em até 4% o PIB. E não haveria necessidade de usar termelétricas a carvão, óleo diesel ou usinas nucleares. O gás natural, considerado “fonte de transição”, corresponderia a 7,3% da matriz. A energia oceânica teria 0,77%.

Como comparação, o cenário que usa dados do governo, menos ambicioso, aponta que em 2050 a eólica seria 6% da matriz, a biomassa 8,85% e a solar, menos de 1%. A fonte hidrelétrica seria a maioria (56,3%), gás natural seria 15,9%, óleo combustível, 5,35% e nuclear, 5,31%.


Fonte: Estadao.com.br

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CETESB divulga 1º Inventário Estadual de Gases de Efeito Estufa

Em tempos de descrença geral por um avanço concreto nas negociações a serem empreendidas na COP-16, a Convenção do Clima que se realiza desde ontem em Cancún, no México, o Governo do Estado de São Paulo dá um exemplo positivo, com a apresentação, em 30.11, do “1º Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Estado de São Paulo: Emissões de 2005”. O evento aconteceu no auditório da sede da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, na capital, com o apoio da Embaixada Britânica e do Programa Estadual de Mudanças Climáticas – Proclima.

Os especialistas da CETESB, João Wagner Alves; da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, Magda Aparecida de Lima; da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais – Funcate, Clotilde Ferri; da empresa Ciclo Ambiental, Marcos Cunha; da Petrobras, Ronny Potolski; da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim, Obdulio Fanti; e do Instituto Mauá de Tecnologia, Roberto Peixoto, fizeram a exposição do resumo do inventário estadual e dos cinco grandes setores enfocados, seguindo a classificação utilizada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC, de acordo com a origem das emissões: energia; processos industriais; uso da terra, mudança no uso da terra e florestas; agropecuária; e resíduos.

Os documentos estão previamente disponibilizados para consulta pública, no site da CETESB, desde o dia 22 de outubro último, após um período de elaboração de três anos, que contou com a participação de instituições especializadas nos setores inventariados e a coordenação do Proclima e da SMA. Com a consulta pública, prevista no decreto estadual que regulamentou o inventário, instituído pela Política Estadual de Mudanças Climáticas – PEMC, os mais diversos especialistas e interessados podem dar suas contribuições ao documento final. A consulta pública estará aberta, pelo menos, até o dia 31 de dezembro de 2010.

De acordo com Josilene Ferrer, secretária-executiva do Proclima, o Inventário Estadual é resultado de uma iniciativa inédita no Brasil de elaboração de um amplo e detalhado diagnóstico das emissões de gases de efeito estufa do Estado de São Paulo no período de 1990 a 2008, e servirá de base para se atingir as metas de redução de emissão de GEE, até 2020, em todos os setores – de 20% dos níveis de 2005 - , estabelecidas pela Lei Estadual 13.798/2009. Seus dados serão disponibilizados na página da CETESB.

Conforme o Resumo do Inventário Estadual de GEE apresentado hoje os setores de Energia e de Agropecuária são os grandes responsáveis pelas emissões de todos os GEE, tendo por base o ano referência de 2005, com 57% e 20%, respectivamente, de contribuição. O setor de Uso da terra, Mudança no uso da terra e Florestas aparece com 9%, o da Indústria, com 8% e de Resíduos, com 6%, cada. O total de emissões de todos os GEE é de 143.456.000 toneladas de CO2 equivalente (com base no potencial de aquecimento global – Global Warming Potential, ou GWP).

Se considerarem apenas as emissões de CO2 (gás carbônico), que é o gás de efeito estufa que serve como referência na Lei Estadual de Mudanças Climáticas, e segundo o qual estão estabelecidas as metas de redução, o setor de Energia responde por 82%, o de Uso da terra, Mudança no uso da terra e Florestas por 14% e a Indústria por 4%. As emissões dos outros setores são inferiores. O total de emissões de CO2 é de 97.355.000 toneladas. E considerando-se somente as emissões de metano, o setor de Agropecuária é responsável por 62% e de Resíduos, por 36%.

Fonte: CETESB

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O lixo mais rápido da Europa

Logo abaixo das ruas de Barcelona, existe uma outra malha de tráfego. A uma profundidade de 5 metros, o lixo de casas, escritórios e até hospitais da capital catalã viaja a uma velocidade de cerca de 70 quilômetros por hora por meio de 113 km de tubulações, rede a vácuo que literalmente suga os resíduos produzidos pela população. Todas as vias conduzem aos mesmos destinos, centrais de armazenamento onde o material é processado, estocado em contêineres e finalmente levado a estações de reciclagem ou de incineração.

A chamada coleta pneumática, desenvolvida pela empresa sueca Envac, transformou a gestão de resíduos de Barcelona desde que foi adotada, no início dos anos 90. Hoje a cidade tem 30% do lixo coletado em oito pontos. Cada uma dessas malhas subterrâneas é independente, conectada por dutos a uma central específica. Pode parecer futurista demais, mas existem 600 redes semelhantes espalhadas por 150 cidades de todo o planeta.

As vantagens ambientais são muitas: o fim dos caminhões de lixo, a diminuição das pilhas de sacos nas ruas e o estímulo à coleta seletiva, já que cada tipo de resíduo – reciclável, não-reciclável e orgânico – é lançado na rede subterrânea separadamente e vai para contêineres próprios.

"A ausência de caminhões de lixo evita odores, acúmulo de lixo e melhora o tráfego. Além das vantagens ambientais, o sistema proporciona um melhor aproveitamento do espaço urbano”, afirma Carlos Vazquez, chefe do Departamento de Gestão de Resíduos da prefeitura local.

O bairro de Lesseps, no distrito de Gràcia, adotou a coleta a vácuo recentemente, em 2009. O presidente da associação de moradores, Josep Maria Flotats, é um dos entusiastas do sistema, que atende 5,6 mil pessoas em Lesseps. “O bairro está mais bonito, limpo e sem odores. Não há mais acúmulo de lixo pelas ruas à espera dos caminhões de coleta, cuja ausência também tornou o bairro menos barulhento”, conta o barbeiro de 65 anos, que organizou uma visita à central de coleta para os moradores no fim do ano passado. “É importante mostrar à população para onde de fato está indo o lixo que ela produz. Todos ficaram satisfeitos.”

O vice-presidente da Envac Iberia, Albert Mateu, que administra os sistemas na Espanha e em Portugal, afirma que a coleta a vácuo deve cobrir 70% de Barcelona até 2018, ano em que a empresa espera concluir as outras redes de coleta projetadas para a cidade. “Infelizmente, não é possível chegar a 100% por conta de alguns bairros com pequenas colinas e irregularidades no terreno, que inviabilizam a instalação dos dutos”, explica.

Barcelona instalou o primeiro sistema de coleta subterrânea para os Jogos Olímpicos de 1992. O sistema criado para a vila olímpica construída com tecnologias sustentáveis no bairro Poblenou, a noroeste da cidade, atende ainda hoje a 4,4 mil residências. O exemplo da vila deu origem às outras sete redes de coleta, que, 18 anos depois, beneficiam aproximadamente 324 mil moradores.

Fonte: Estadão.com.br

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Câmara Ambiental de Saneamento discute reuso urbano de água de ETEs

Dando continuidade aos seus trabalhos, a Câmara Ambiental de Saneamento, reestruturada recentemente e com nova gestão desde junho, realizou em 22.11, na sede da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, uma reunião do Grupo de Trabalho – GT formado para discutir o assunto da água de reuso.

Participaram do encontro, além de Eduardo Mazzolenis, secretário executivo da Câmara Ambiental, e de Fátima Valéria de Carvalho, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, que coordenou a reunião do GT, outros especialistas da CETESB, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, da ABES, da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas dos Serviços Públicos de Água e Esgoto - Abcon, do Sindicato Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental – Sindesan.

Uma participação especial ocorreu por conta da presença de Luís Sérgio Valentim, do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde, que fez um breve relato das preocupações e discussões, desenvolvidas no âmbito do Governo do Estado de São Paulo, sobre a importância de se regulamentar o reuso para fins urbanos de água proveniente de Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs.

Em consequência disso, o tema principal abordado na reunião do GT girou em torno da necessidade de uma regulamentação legal específica envolvendo essa forma de reuso, uma demanda que nasceu na Secretaria Estadual da Saúde em 2008.

Segundo Mazzolenis, “este GT e a Câmara poderão contribuir com as Secretarias Estaduais de Saúde, do Meio Ambiente, e de Saneamento e Energia, para esta regulamentação e poderão subsidiar outras iniciativas no país”.

Assim, os técnicos presentes ao encontro enfatizaram a importância e necessidade de retomada da discussão da minuta de resolução conjunta elaborada pelas secretarias estaduais em 2009. Ao final, segundo o secretário executivo da Câmara, como o GT reúne grande parte das instituições ligadas ao tema e conta com apoio das universidades, e ainda abrange diversos aspectos sobre o mesmo assunto, ficou acertado pelos presentes que, além da resolução, os representantes das entidades participantes discutirão, nas próximas reuniões, os estudos e normas já disponíveis em nível nacional e internacional.

Fonte: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Planeta passa longe de meta climática para limitar aquecimento global a 2ºC

Se tudo der certo e todos os países fizerem o máximo para conter emissões de carbono nos próximos anos, o mundo ainda estará longe de cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 2ºC.

O quão longe acaba de ser calculado por um grupo internacional de cientistas: 5 bilhões de toneladas de gás carbônico estarão "sobrando" na atmosfera em 2020.

Ou seja, para cumprir o que se comprometeram a fazer na conferência do clima de Copenhague e evitar um possível aquecimento descontrolado da Terra, os países não apenas teriam de endurecer suas metas de corte de emissão como ainda precisariam desligar todo o sistema de transporte do globo.

O recado foi dado hoje pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), num relatório intitulado "The Emissions Gap" ("A Lacuna das Emissões").

O documento será entregue em Helsinque à chefe da Convenção do Clima da ONU, Cristiana Figueres.

Seus autores passaram seis meses avaliando 223 cenários de emissões de CO2 construídos a partir das metas voluntárias de corte de carbono propostas por vários países no Acordo de Copenhague, o pífio documento que resultou da conferência.

O resumo da ópera é que, se a humanidade quiser ter 66% de chance de manter o aquecimento global abaixo de 2ºC no fim deste século, o nível global de emissões em 2020 terá de ser de 44 bilhões de toneladas de CO2 equivalente --ou seja, a soma de todos os gases-estufa "convertidos" no potencial de aquecimento do CO2.

Se nada for feito, as emissões podem chegar a 56 bilhões de toneladas em 2020. "Isso elimina a chance dos 2ºC, e pode nos colocar no caminho de 5ºC de aquecimento em 2100", disse à Folha Suzana Kahn Ribeiro, pesquisadora da Coppe-UFRJ, uma das autoras do relatório.

SEM SOLUÇÃO

A implementação estrita do acordo também não resolve: as emissões globais cairiam para 52 bilhões de toneladas, ainda uma China de distância da meta de 2ºC.

Por "implementação estrita" os pesquisadores querem dizer duas coisas. Primeiro, as nações estão contando duas vezes emissões cortadas na área florestal. Se um país pobre planta florestas para vender créditos de carbono a um país rico, a dedução deveria estar apenas na conta do país rico. Mas costuma estar na de ambos.

"Na própria lei brasileira do clima está escrito que as reduções de emissão podem ser obtidas por MDL [venda de créditos de carbono para nações ricas]", diz Ribeiro.

Outro ponto espinhoso é a venda de créditos em excesso por países como a Rússia, cujas emissões já são menores que as metas de Quioto. O país ficou com créditos sobrando.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Prana Ambiental realiza treinamento no hotel Vitória NewPort Residence

No dia 17 de novembro, a Prana Ambiental realizou um treinamento que faz parte dos serviços de Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa, no hotel Vitória NewPort Residence, em Campinas.
O treinamento, que tinha como objetivo conscientizar os funcionários do hotel sobre os problemas relacionados com o meio ambiente, foi ministrado pela bióloga Marjorie Rodrigues e abordou o tema Consumo e Resíduos Sólidos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mudança climática pode provocar invernos mais frios, afirma estudo

As mudanças climáticas poderão levar a invernos mais frios nas regiões do norte do planeta, de acordo com um estudo do Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto sobre o Clima publicado nesta terça-feira (16).

O principal autor do estudo, Vladimir Petoukhov, afirma que a diminuição do gelo marinho no Ártico oriental causa aquecimento regional dos níveis inferiores da atmosfera e pode levar a anomalias nas correntes atmosféricas, deflagrando um resfriamento geral dos continentes do norte.

“Essas anomalias podem triplicar a probabilidade de extremos de inverno frio na Europa e no norte da Ásia”, disse ele. “Invernos severos recentes, como o do ano passado ou o de 2005/2006, não são conflitantes com o painel do aquecimento global, mas suplementares.”

Petoukhov, cujo estudo se chama “Um elo entre a redução do gelo marinho de Barents-Kara e os extremos frios do inverno nos continentes do norte”, disse em um comunicado que o aquecimento do ar sobre o Mar de Barents-Kara parecia levar ventos frios invernais para a Europa.

“Isso não é o que se esperaria”, afirmou Petoukhov. “Quem quer que pense que a retração de um gelo marinho distante não o afete pode estar errado.”

O painel de cientistas do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que o aumento das temperaturas globais trará mais enchentes, secas, ondas de calor e a elevação do nível dos oceanos.

Fonte: G1.com.br

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estudo mostra que é possível reduzir em 80% a emissão de gases de efeito estufa gerados pelos resíduos no país, até 2030

Os “Cenários de Referência” das emissões de Gases de Efeito Estufa – GEE do setor de resíduos no país mostram a tendência de elevação das emissões de 63 para 99 [106tCO2e] (milhões de toneladas de CO2 equivalente) no período entre 2010 e 2030, o que significa um aumento percentual da ordem de 57%. O “Cenário de Baixo Carbono” mostra que é possível evitar emissões no ano de 2030, passando das previstas 99 para 18 [106tCO2e], ou aproximadamente 80% de redução. Essa foi uma das principais conclusões apresentadas, em 12.11, no auditório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, em São Paulo, durante o seminário de “Lançamento do Estudo coordenado pelo Banco Mundial: Baixo Carbono para o Brasil”.

O evento contou com as exposições do eng. João Wagner Silva Alves, assessor da Presidência da CETESB, que apresentou o “Estudo de Baixo Carbono para o Brasil – Resíduos”, e de Christophe de Gouvello, do Banco Mundial, que falou sobre os estudos de baixo carbono realizados em todo o país, com a coordenação e o apoio da instituição financeira, incluindo também os setores energético, de transportes, agropecuário e de florestas, e intitulado de “Estudo de Baixo Carbono para o Brasil”. As duas publicações, que foram distribuídas ao público presente ao seminário, serão disponibilizadas em forma eletrônica, em breve, através do site do Programa Estadual de Mudanças Climáticas – Proclima, coordenado pela CETESB.

João Wagner explica que a expressão "Baixo Carbono" se refere às mudanças tecnológicas e comportamentais que devem ser induzidas pelo processo que visa mitigar as mudanças climáticas globais. Mantendo o desenvolvimento da economia mundial, a humanidade deve encontrar, dentre as tecnologias novas ou existentes, novos caminhos - aqueles de "Baixo Carbono", com emissões de GEE menores que as atuais. Com isso, deve ser implementado o desenvolvimento sustentável, que por ser de "Baixo Carbono", ameniza as mudanças climáticas globais. Ele complementa esclarecendo que, na expressão, a palavra "Carbono", deve ser interpretada como sendo todos os gases de efeito estufa. Dentre eles, o Dióxido de Carbono - CO2 que é o mais abundante e, por simplificação, muitas vezes apresentado apenas como "Carbono". Assim, "Baixo Carbono" significa menores níveis de emissões dos GEE.

Em especial, o estudo feito pela CETESB – escolhida pelo Banco Mundial e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, pelo “know-how” adquirido e desenvolvido por técnicos da Companhia nos últimos anos, em relação ao assunto, identifica as possibilidades de redução das emissões de GEE no setor de resíduos sólidos e líquidos no Brasil, considerando que deverão aumentar as quantidades totais geradas, em função, do crescimento populacional, e também que deverão aumentar as quantidades individuais produzidas, por conta do aumento da renda e, por consequência, do consumo.

Além das conclusões acima, outra definição importante a que se chegou é que a atividade mais relevante para se obter a desejada redução das emissões de GEE é simplesmente a queima do metano (CH4), gerado pelos aterros sanitários, com potencial de redução da ordem de 55 [106tCO2e]. O Cenário de Baixo Carbono do setor de resíduos, esgotos domésticos e efluentes industriais inclui a expansão dos sistemas anaeróbios (com ausência de oxigênio) de tratamento de esgotos domésticos e efluentes industriais, com a completa queima do CH4 gerado, reduzindo-se para zero as emissões pelo tratamento de esgotos e efluentes.

Em sua apresentação, Christophe de Gouvello comentou que o Brasil possui muitas oportunidades em relação à mitigação e a remoção das emissões de GEE na atmosfera. “Isso coloca o país na posição de um dos principais atores capazes de enfrentar o desafio representado pela mudança climática global. O presente estudo conseguiu demonstrar que toda uma série de medidas de mitigação e remoção de carbono são tecnicamente viáveis, e que já estão em curso esforços promissores”, afirmou. Mas ele fez um alerta: “Por outro lado, a implementação dessas medidas propostas exigiria grandes volumes de investimentos e de incentivos, que podem estar além de uma resposta estritamente nacional, exigindo suporte financeiro internacional. Além disso, para que o Brasil possa aproveitar todo o leque de oportunidades para mitigação das emissões de GEE não seriam suficientes mecanismos de mercado. Políticas públicas e planejamento seriam essenciais, como o gerenciamento da competição pela terra e a proteção das florestas no seu cerne”.

Ao que o secretário-adjunto da SMA, Casemiro Tércio Carvalho, também presente ao evento, complementou, enfatizando que o “Baixo Carbono entra na pauta das políticas públicas e que esses estudos vêm contribuir” com essas políticas no Estado de São Paulo. Ele ilustrou a importância dessa contribuição afirmando que as informações agora disponibilizadas poderão ajudar a indicar, por exemplo, quais os modais energéticos que o estado poderá adotar ou estimular.

Fonte: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Energia solar pode ser financiada com taxa sobre o carbono, defende arquiteto

O estabelecimento de uma taxa sobre o carbono pode financiar o desenvolvimento da energia solar, segundo sugeriu na terça-feira, 9 de novembro, o arquiteto Norbert Lechner, professor da Faculdade de Arquitetura, Design e Construção da Universidade de Auburn, nos EUA, e autor do livro Heating, Cooling, Lighting: Sustainable Design Methods for Architects, considerada uma bíblia da arquitetura sustentável.

Lechner esteve no Brasil para participar do terceiro Simpósio Brasileiro da Construção Sustentável, encerrado em São Paulo também na terça-feira, e concedeu entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. O arquiteto defendeu, entre outros pontos, que as negociações internacionais sobre o clima do planeta não são a resposta adequada para resolver o problema do aquecimento global. Ele julga ser mais eficaz que cada país estipule uma taxa sobre o carbono.

Ao ser perguntado sobre a viabilidade de uma "casa zero em energia", Lechner garantiu que a proposta é possível do ponto de vista técnico, o que justifica o número de projetos já existentes. "As construções zero em energia são baseadas em duas estratégias: eficiência energética e uso de energia renovável. Normalmente, o consumo de energia é reduzido em 80% por medidas de eficiência energética e os 20% que sobram podem ser produzidos por células fotovoltaicas, ou seja, energia solar. E esta pode se tornar economicamente viável se taxarmos o carbono", ressaltou o arquiteto.

No livro Heating, Cooling and Lightening, Lechner aponta que as construções são responsáveis por 48% de toda a energia consumida no mundo (40% para a manutenção dos prédios e 8% para a construção propriamente dita). Ele acredita que o mercado de projetos sustentáveis deverá crescer.

"A popularidade do sistema Leed (sistema de certificação) nos EUA indica um interesse crescente pelas construções sustentáveis. Muitos, senão a maioria, dos atores do setor de construção estão interessados no que chamamos 'green building' nem tanto por questões ideológicas, mas porque querem estar preparados para ganhar dinheiro com aquilo que acreditam ser o futuro do setor", argumentou.

Fonte: Eco Desenvolvimento

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

BM&FBovespa lança em dezembro índice baseado em emissões de CO2

A preocupação com o aquecimento global vem conquistando também o mercado financeiro. Na primeira quinzena de dezembro, a BM&FBovespa, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), lançará um índice baseado no grau de eficiência das emissões de gás carbônico realizadas pelas empresas brasileiras, o primeiro do gênero na América Latina. Batizado de Índice Carbono Eficiente (ICO2), o indicador dará mais peso aos papéis de companhias que emitem menos carbono em suas operações do que as demais de seu setor, dividindo a emissão em toneladas de CO2 em relação à receita das empresas. As ações das companhias pertencentes ao ICO2 farão parte de um fundo gerido pelo BNDES, que terá cotas para serem vendidas ao mercado.

Para elaborar o ICO2, a BM&FBovespa convidou as companhias que fazem parte do Índice Brasil 50 (IBrX-50), carteira composta pelas 50 ações mais líquidas negociadas na bolsa, para participar do novo índice. As empresas que aceitaram o convite transmitiram à BM&FBovespa as informações referentes às suas emissões de carbono. Para fazer parte do índice, no entanto, uma das condições é ter um inventário completo de emissões de carbono.

A bolsa não divulgou quais empresas estarão no ICO2. Fazem parte do IbrX-50, entretanto, gigantes como Natura, Bradesco, Cemig, Ambev, Santander e Pão de Açúcar. “Com a criação deste índice, a bolsa cumpre o papel de introduzir essa agenda (do aquecimento global) nas empresas. Tivemos uma resposta muito positiva das companhias convidadas (a participar do índice), o que mostra a maturidade do nosso empresariado”, afirma Sonia Favaretto, diretora de Sustentabilidade da BM&FBovespa.

A criação do ICO2 também surge para atender uma demanda do mercado. “Os investidores querem alocar mais recursos em investimentos sustentáveis. O ICO2 surge como uma ferramenta financeira para criar este portfólio”, diz Guilherme Magalhães Fagundes, gerente de Produtos ambientais, Energia e Metais. A lista de empresas que farão parte do ICO2 será apresentada primeiramente no Brasil e logo após na Conferência do Clima (COP-16) a ser realizada em Cancún, no México, de 29 de novembro a 10 de dezembro.

Fonte: Época Negócios

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Brasil precisa substituir lixões por aterros até 2015

A implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em agosto e ainda sem regulamentação, terá como grandes desafios a gestão compartilhada, o prazo para substituição de lixões por aterros sanitários e a ampliação e melhoria da produtividade da coleta seletiva. As metas foram listadas hoje (8) pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério.

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Machado, disse que a regulamentação da PNRS – que tinha prazo de 90 dias, contados a partir de 2 de agosto – será concluída até o fim deste governo e assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministério já tem uma minuta do decreto e está discutindo o texto no governo e com entidades do setor de gestão de resíduos.

A lei prevê a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos e proíbe a manutenção de lixões em todo o país. Segundo Silvério, estados e municípios terão até agosto de 2011 para elaboração de planos de gestão de resíduos. Até 2015 o país terá que ter eliminado os lixões.

“O esforço inicial é para garantir a implementação de aterros. A lei dá quatro anos de prazo máximo para adequação de aterros e fim dos lixões”, disse o secretário durante apresentação no seminário Regulação e Gestão de Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos: Aproveitamento Energético do Metano de Aterros Sanitários.

O governo deverá estimular projetos compartilhados entre municípios e estados e iniciativas intermunicipais, que têm custo operacional reduzido, se comparados com projetos individuais. Uma das orientações, segundo Silvério, será a criação de autarquias municipais ou intermunicipais de gestão de resíduos.

“Queremos estimular a formação de consórcios públicos para gestão, isso otimiza investimentos e permite planejamento e gastos compartilhados”, comparou.

Evitar que os aterros voltem a se transformar em lixões por falta de gestão também é umas das preocupações do governo. Entre as possibilidade para garantir a sustentabilidade financeira dos empreendimentos estão o aproveitamento do metano liberado pelo lixo para produção de energia e a criação de estímulos fiscais vinculados à manutenção dos projetos. “O país tem que ter uma meta para recuperação de energia em aterros a partir do gás metano. Os planos [estaduais e municipais] terão que contar com a perspectiva de recuperar energia dos aterros”, sugeriu Silvério.

Durante a apresentação, o secretário também apontou a necessidade de ampliação e melhoria da qualidade da coleta seletiva. Dos 5.565 municípios brasileiros, somente cerca de 900 têm o serviço de coleta seletiva. E a produtividade é baixa: apenas 12% do que é coletado é de fato reciclado, segundo Silvério.

Fonte: Planeta Sustentável

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Relatório da ONU propõe impostos para viabilizar fundo climático

Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) propôs a criação de um imposto internacional sobre movimentações financeiras no intuito de viabilizar US$ 100 bilhões até 2020 para o combate às mudanças climáticas, segundo informações da Reuters.

O documento foi entregue na sexta-feira, 5 de novembro, ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por um painel de especialistas integrado pelo megainvestidor George Soros e pelo conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Summers, ex-reitor da Universidade de Harvard.

A equipe foi encarregada em fevereiro por Ban com o objetivo de encontrar fontes de recursos para que os países ricos cumpram a promessa de levantar US$ 100 bilhões por ano até 2020, a fim de que as nações em desenvolvimento possam investir na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O compromisso dos governos desenvolvidos foi feito durante a 15ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP15), realizada em dezembro de 2009, na Dinamarca.

O painel afirma que bancar a luta contra o aquecimento é "financeiramente factível e politicamente viável". No entanto, Ban Ki-moon ressalta que "será necessária uma vontade política consistente". Para o premiê da Noruega, Jens Stoltenberg, que integra a equipe, o primeiro passo é colocar um preço nas emissões de CO2, da ordem de US$ 25 a tonelada. "Depois, novos instrumentos de financiamento público poderiam levantar dezenas de bilhões de dólares por ano."

Entre esses mecanismos estão um imposto, uma espécie de CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ), que arrecadaria até US$ 27 bilhões; impostos nacionais sobre CO2 nos países ricos, que poderiam gerar US$ 10 bilhões ao ano; e impostos sobre transporte marítimo e aéreo, que poderiam gerar mais US$ 10 bilhões.

O setor privado deverá gerar grande parte da verba, com investimentos viabilizados por bancos de desenvolvimento. "Os países ricos não têm mais desculpa para adiarem o compromisso [de contribuir]", destacou o ativista do Greenpeace, Steve Herz. Já a ONG Amigos da Terra, criticou o relatório por enfatizar demais o papel do setor privado.

Summers, que é assessor do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não se vê constrangido por defender a cobrança de impostos sobre o CO2 justamente na semana da vitória republicana no Congresso, uma vez que qualquer mecanismo de financiamento climático depende dos EUA. "Não acho que o governo vá varrer o relatório para debaixo do tapete. Eles fizeram uma promessa em Copenhague. E este é um compromisso que vai além desta legislatura", argumentou Herz.

Matéria do EcoD publicada na sexta-feira (5) mostrou que o fundo climático prometido pelos países ricos em meio a COP15 ainda não saiu do papel. O Brasil, a exemplo das demais nações em desenvolvimento, cobra dos governos ricos o cumprimento da promessa feita na capital dinamarquesa. A COP16 será realizada em Cancún (México) entre os dias 29 deste mês e 10 de dezembro.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Emissões por combustíveis fósseis aumentam 39% em 18 anos no Estado

As emissões de gases de efeito estufa no Estado derivadas da queima de combustíveis fósseis, como o diesel e a gasolina, cresceram 39% entre 1990 e 2008 – passaram de 56,9 milhões de toneladas para 79,2 milhões de toneladas.

Os dados estão em relatório que vai compor o inventário estadual de gases-estufa, a ser divulgado no dia 25 deste mês. No total, serão cerca de 20 relatórios de diferentes setores da economia. A legislação paulista definiu uma meta de cortar 20% das emissões até 2020, em relação a 2005. Então, para cumprir o objetivo, o São Paulo precisa saber exatamente quanto emite e avaliar em que setores da economia pode reduzir.

Segundo o relatório, os derivados do petróleo representam o maior consumo de energia do Estado. E o diesel é o que tem maior destaque. De acordo com o documento oficial, a contribuição do diesel no consumo de energia de São Paulo sempre fica próximo dos “15% do total de todas as fontes utilizadas para fins energéticos”.

No inventário brasileiro é o desmatamento o maior culpado pelas emissões. Mas, segundo Josilene Ferrer, secretária executiva do Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), a energia é o principal vilão em São Paulo. “O aumento das emissões nesse setor é natural. A população cresceu e houve um aquecimento da economia.”

Apesar de as emissões de gases-estufa terem aumentado no Estado, os combustíveis fósseis tiveram uma participação ligeiramente decrescente na oferta bruta total de energia – ela variou de 53% em 1990 para 45,5% em 2008. Isso sinaliza “um maior uso de combustíveis não intensivos em carbono (como o gás natural) e o aumento da participação das fontes renováveis (biomassa) no sistema energético paulista”.

O gás natural substituiu em muitos casos o óleo combustível em caldeiras e fornos industriais – a participação desse óleo caiu de 11,8% a 2,1% no período avaliado –, o que é positivo para as emissões. Mas a mudança se deve principalmente à substituição de combustíveis fósseis por derivados da cana-de-açúcar. Hoje, o bagaço da cana é usado para produzir energia e há um aumento crescente do consumo de etanol nos carros.

“Como o Estado possui a maior frota de automóveis do Brasil, com uma marca superior a 8 milhões de veículos em 2008 – o que representa 36,8% de toda a frota brasileira – e os automóveis e comerciais leves do tipo flex fuel atingiram 74,7% da produção total, espera-se que o consumo de etanol apresente taxas de crescimento maiores nos próximos anos”, diz o texto.

Diesel. Tasso Azevedo, engenheiro florestal que ajudou a formular as metas de clima que o Brasil levou para a Conferência do Clima de Copenhague, no ano passado, analisou o relatório a pedido do Estado. Para ele, chama a atenção o fato de o consumo de combustíveis fósseis ter tido um grande crescimento na década de 1990, mas desacelerado na década de 2000.

Em sua opinião, para São Paulo atingir a meta de redução das emissões, “um foco central será lidar com o consumo de diesel, que continua aumentando e é a principal fonte de emissões”. “Isso requer uma remodelagem do sistema de transporte, favorecendo trilhos, melhorando fluxos, utilizando eletricidade e biocombustíveis”, diz ele.

Nicole Figueiredo de Oliveira, coordenadora da campanha de clima do Greenpeace, ressalta que, além de usar menos o diesel, é preciso melhorar a qualidade do combustível – que ainda contém muito enxofre, prejudicando a qualidade do ar e a saúde da população.

Guarany Osório, consultor especializado em ciências jurídico-ambientais, lembra que o Estado quase não usa energia solar – setor que poderia crescer e, com isso, promover uma redução das emissões. E diz que o Estado pode incentivar uma redução das emissões se optar nas compras públicas por produtos de menor intensidade de carbono – como os carros a etanol.

Fonte: Estadão.com.br

Países fecham acordo para proteger biodiversidade e dividir ganhos

Representantes de mais de 190 países reunidos em Nagoia, no Japão, aprovaram na última sexta-feira um acordo histórico que, se implementado, deve combater ameaças à biodiversidade até 2020 e dividir melhor os recursos obtidos pela exploração do material genético da natureza.

As principais decisões finais do 10º encontro da convenção da ONU sobre diversidade biológica (CBD, na sigla em inglês) são um protocolo sobre como dividir os benefícios representados pela biodiversidade (em inglês, Access and Benefits Sharing, ou ABS) e um plano de ação para proteger as espécies ameaçadas até 2020.

Ambos podem render muito ao Brasil. A estimativa é de que países ricos abram os cofres até 2012 para garantir cerca de US$ 200 bilhões por ano em investimentos de conservação na biodiversidade. A verba deve ser liberada a tempo para a segunda Cúpula da Terra, a ser realizada em 2012 no Rio de Janeiro.

Ainda não está claro, entretanto, de onde essa verba deve sair, uma vez que muitos países ricos se encontram em crise e já se comprometeram em dezembro do ano passado a levantar cerca de US$ 100 bilhões por ano para combater os efeitos das mudanças climáticas.

Os signatários têm agora um prazo de dois anos para estabelecer como o novo financiamento será feito.

Biopirataria

O valor da biodiversidade de cada país também deve entrar nas contas públicas, de forma a possibilitar os cálculos que vão nortear os investimentos internacionais.

Esta medida foi considerada um grande avanço, já que pela primeira vez atrela a diversidade biológica da natureza à economia.

Já o chamado ABS é fundamental para proteger os países da chamada biopirataria, o registro feito por indústrias como as farmacêuticas – na sua maioria com sede em países desenvolvidos – de substâncias retiradas de seres encontrados em outras regiões.

O acordo fechado nesta sexta-feira prevê o pagamento de royalties por propriedade intelectual aos países de origem do material.

Com isso, países como o Brasil - que vinha defendendo um entendimento nesse sentido - e outros donos de imensa biodiversidade poderão lucrar com o desenvolvimento de medicamentos obtidos a partir de plantas e animais locais.

Depois de intensas negociações, principalmente sobre ABS, o acordo foi elogiado por ambientalistas.

"O protocolo de Nagoia é uma conquista histórica, que garante que o valor muitas vezes imenso dos recursos genéticos seja mais justamente dividido", disse Jim Leape, diretor-geral da organização ambientalista WWF.

Entre as decisões de Nagoia também está uma meta de proteção de 17% das áreas em terra firme, que até 2010 estava em 13%.

Os ministros de meio ambiente concordaram ainda em proteger 10% das áreas marinhas e costeiras, entre elas o alto mar.

Fonte: BBC - British Broadcasting Corporation

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

São Paulo é destaque em Convenção de Biodiversidade no Japão

O pioneirismo do Estado de São Paulo na agenda de áreas protegidas foi reconhecido durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica – COP10, em Nagoya, no Japão. A aprovação das minutas dos decretos que criam o Parque Estadual da Restinga de Bertioga e o Monumento Natural da Pedra do Baú repercutiu positivamente entre representantes de diversas Organizações Não Governamentais – ONGs, que parabenizaram a iniciativa paulista.

O reconhecimento veio em forma de convite para aderir ao programa “Embaixadores da Floresta”, lançado pelo WWF mundial, com o objetivo de unir esforços contra o desmatamento em todo o planeta. O secretário estadual do meio ambiente, Pedro Ubiratan Escorel de Azevedo, que está acompanhando as discussões em Nagoya, prontamente aderiu à iniciativa da ONG.

O secretário, que é co-presidente para o hemisfério sul da Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento – nrg4SD, se encontrou com o prefeito de Malmo, na Suécia, Ilmar Reepalu, que também é o presidente do Committe os the Regions – CoR da União Européia, para iniciar entendimentos, entre as duas entidades que congregam governos regionais e locais, relacionados à agenda ambiental.

Durante o encontro, os dois presidentes manifestaram a intenção de firmar um protocolo entre as duas organizações, especialmente após a aprovação do Plano de Ação, um dos primeiros documentos a obter consenso na COP10. O plano teve grande impulso no encontro de Cidades e Biodiversidade, realizado em Curitiba em janeiro de 2010, e foi reforçado por São Paulo na qualidade de co-presidente do hemisfério sul da nrg4SD. Este esforço foi reconhecido pela organização da COP10, por ocasião do encontro entre o secretario Pedro Ubiratan e o representante do secretariado da Convenção de Diversidade Biológica – CDB, Oliver Hillel, na tarde desta quarta-feira, 27.10.

Economia Verde

A convite de Pavan Sukhdev, líder da iniciativa Economia Verde e do estudo The Economic of Ecossystems and Biodiversity – TEEB, o secretário Pedro Ubiratan apresentou as iniciativas de pagamentos por serviços ambientais, com destaque para o projeto Mina D’Água, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, que remunera produtores rurais que conservam as nascentes localizadas em suas propriedades.

A apresentação ocorreu na segunda-feira, dia 25 de outubro, no centro de convenções da COP10, onde foi promovido o painel sobre estudos de caso de TEEB e ações locais. A posição de vanguarda do Governo de São Paulo, especialmente no que tange a integração da agenda da economia verde com a legislação de mudanças climáticas, foi reconhecida durante o painel, que foi presidido por Yolanda Kakabadse, presidente mundial do WWF.

Fonte: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Prana Ambiental oferece palestra gratuita a profissionais e estudantes de Campinas

Na próxima quarta-feira, dia 27 de outubro, acontece no Vitoria New Port Residence, uma palestra gratuita sobre Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). O evento, organizado pela Prana Ambiental, acontecerá das 19h às 21h30 e vai abordar a Legislação Ambiental brasileira e os Aspectos Técnicos do Inventário de GEE.

“Esta será uma oportunidade de profissionais e estudantes da área ambiental terem contato com os aspectos jurídicos e práticos de um tema muito atual no cenário mundial”, afirma o palestrante Dr. Luis Fernando Freitas Penteado, advogado especialista em meio ambiente e proprietário da Prana. O evento contará ainda com a palestra da bióloga Marjorie Rodrigues, coordenadora técnica da Prana.

Os interessados podem se inscrever gratuitamente por e-mail andrea@aliahpercepcao.com.br ou por telefone 3307 8927.


Serviço
Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)
Local: Vitoria New Port Residence
Rua Santos Dumont, 291, Cambuí - Campinas
Data: 27 de outubro
Horário: 19h às 21h30

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Biodiversidade global diminui 30%; países tropicais tiveram maiores perdas

O Relatório Planeta Vivo 2010 mostra que os países tropicais, que também são os mais pobres, perderam 60% de flora e fauna nos últimos 40 anos. Em contrapartida, as nações localizadas em zonas temperadas tiveram um aumento de 29%.

O relatório, publicado a cada dois anos pela organização não governamental WWF, aponta ainda que se mantém em alta a tendência de consumo superior ao da reposição de recursos renováveis no ambiente, já registrada na década de 80.

Essa tendência é mais forte em economias de nações ricas ou mais desenvolvidas, seguidas pelos integrantes do Bric, do qual o Brasil faz parte ao lado de Rússia, Índia e China.

Nesse ritmo, tomando-se como base de cálculo o ano de 2007, o mundo levaria um ano e meio para gerar os recursos consumidos e para absorver as emissões de dióxido de carbono (CO2).

A biocapacidade --relação entre a área disponivel para agricultura, pastagem, pesca e florestas e o potencial de produtividade -- também pertencem aos membros do Bric, sendo o Brasil um dos detentores do título, além de China, EUA, Rússia, Índia, Canadá, Austrália, Indonésia, Argentina e França.

No quesito água, 71 países possuem algum tipo de preocupação com o suprimento e as formas de assegurar, ao mesmo tempo, a saúde de rios, lagos e aquíferos. Desse número, dois terços devem passar à classificação do nível de preocupação entre "moderado" e "severo" --em 1995, 1,8 milhão de pessoas tinham problemas para obter água em áreas consideradas de preocupação severa.

Além do despejo de 2,8 milhões de toneladas de esgoto que retornam à natureza, a captação da água tem provocado uma seca no volume dos rios, como é o caso do Amarelo, que corta toda a China, e do Grande, que fica na fronteira entre os EUA e o México.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 5 de outubro de 2010

WWF-Brasil lança o movimento Cuidar da natureza é cuidar da vida

O WWF-Brasil lança nesta terça-feira o movimento Cuidar da natureza é cuidar da vida, sobre a importância da conservação da biodiversidade, como um alerta às consequências que o descuido com a natureza pode provocar. Associada à meta do WWF-Brasil de contribuir para que a sociedade brasileira alcance o desmatamento zero até 2015, a iniciativa teve uma primeira etapa que, durante o mês de setembro, instigou a população a responder à pergunta “O que você precisa pra viver?”. Sem saber que o WWF-Brasil era o autor da campanha, foram enviadas respostas variadas. Hoje, ao lançar o movimento, a organização responde que “Para viver você precisa que a natureza também viva” e apresenta uma lista com 10 áreas prioritárias para a criação de novas unidades de conservação na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Amor, amigos, sol, saúde e família foram as principais respostas da primeira etapa coletadas nas ruas, no Twitter, no Facebook e no Youtube. “A ausência da natureza nesse tipo de preocupação mostra a necessidade de valorização desse tema na opinião pública nacional”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. “Esse processo de conscientização sobre o papel que a biodiversidade tem na vida de todos nós é mais urgente do que nunca, pois não é exagero dizer que, vivemos uma crise de biodiversidade, que coloca em risco a nossa saúde e meios de subsistência. Podemos reverter essa situação, por isso a campanha pretende indicar soluções para a sociedade brasileira.”

A resposta “Para viver você precisa que a natureza também viva” sustenta sua argumentação na manutenção dos serviços ecológicos, como o equilíbrio climático e a prevenção e recuperação de desastres ambientais; no uso direto da biodiversidade, como os recursos naturais que fornecem remédios, fibras e combustíveis para a garantia do nosso bem-estar; na segurança de estoques de alimentos naturais como peixes, frutas e verduras; e no uso público, pois as áreas protegidas também podem ser fonte de lazer e aprendizado. Sem esquecer os benefícios econômicos, pois a biodiversidade é um recurso do qual dependem famílias, comunidades e gerações futuras.

A campanha de comunicação integrada incluí ações on-line, com foco nas mídias sociais, propaganda e ações de mobilização urbana que serão implementadas nos próximos meses. Grandes empresas também aderiram à primeira etapa do movimento, apoiando a disseminação da mensagem. O Walmart Brasil veiculou a vinheta “O que você precisa para viver?” em quatro mil televisores em suas lojas por meio de seu canal TV Walmart; o Yazigi divulga em sua rede que conta com 420 escolas; a Seguros Unimed espalhou peças da campanha por sua comunicação interna; e os hotéis da rede Sol Meliá em Brasília prepararam uma comunicação especial para engajar os hóspedes no movimento, com cartazes nos elevadores e cartões-postais na recepção. A indústria farmacêutica Boehringer Ingelheim programou a distribuição de cartões postais da campanha e sementes para o público do Edifício Rochaverá, o primeiro empreendimento greenbuilding de São Paulo.


WWF-Brasil propõe a criação de unidades de conservação em 10 áreas prioritárias

Em tempos relativamente recentes, o mundo começou a perder espécies e habitats a uma velocidade alarmante. Na área de farmacologia, a estimativa é que entre 50 mil e 70 mil espécies vegetais sejam fontes de ativos para uso na medicina tradicional e moderna em todo o mundo. A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais e a expansão urbana e industrial levam muitas espécies à extinção. A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. Avaliações sugerem que, se esse ritmo se mantiver, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.

Por isso, uma ação diretamente ligada ao movimento é a proposta de criação de unidades de conservação em dez áreas prioritárias. Estes espaços instituídos pelo poder público terão a finalidade de conservar as características naturais relevantes em cada área. A lista criada pelo WWF-Brasil é uma sugestão para o governo brasileiro alcançar, ainda em 2010, as metas de cobertura natural protegida por unidades de conservação estabelecidas pela Convenção sobre Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (CDB).

Os focos são a Reserva Extrativista Baixo Rio Branco – Jauaperi (Amazonas), o Parque Nacional dos Lavrados (Roraima), o Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (Goiás), o Parque Nacional Boqueirão da Onça (Bahia) e outras unidades no Cerrado do Amapá, no Tabuleiro do Embaubal (Pará), no Croa (Acre), no extremo Sudoeste do Pantanal e em Bertioga, São Paulo. No âmbito da CDB, o governo brasileiro se comprometeu a garantir a cobertura, por unidades de conservação, de 10% em cada bioma (conforme a área original) e de 30% na Amazônia. Hoje, somando todas as unidades existentes no País, ainda resta proteger aproximadamente 2,5% do território nacional em área terrestre e 8,5% em área marinha.

Fonte: http://www.wwf.org.br

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos deve aumentar reciclagem no país

O Brasil produz 57 milhões de toneladas de lixo por ano e, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), só 2,4% dos resíduos sólidos urbanos são reciclados. Esse percentual é pequeno quando comparado com o de outros países. Contudo, empresas do setor de reciclagem enxergam uma chance de aumentá-lo significativamente.

A expectativa deve-se, principalmente, à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei cria regras para o tratamento do lixo e, para especialistas em reciclagem, abre uma grande oportunidade para o setor.

A avaliação foi feita pelos participantes do Congresso Internacional de Negócios da Indústria da Reciclagem, aberto na terça-feira, 28 de setembro, em São Paulo. O evento faz parte da feira Expo Sucata e reuniu empresários e representantes da sociedade ligados à gestão do lixo.

“Alguns países da Europa reciclam 45% dos seus resíduos. Podemos chegar lá”, afirmou Stefan David, consultor de reciclagem da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidros (Abividro) durante a palestra que abriu o evento.

Segundo ele, a PNRS estabelece que todos os agentes envolvidos na fabricação, distribuição, venda e consumo de produtos sejam responsáveis pelos seus resíduos. Estabelece também o fechamento de todos os chamados lixões (locais em que o lixo é depositado sem tratamento ou separação) até o ano de 2014. Isso, de acordo com David, vai obrigar a sociedade e o poder público a buscar alternativas para o lixo produzido nas cidades. O aumento da reciclagem é, com certeza, uma delas.

“Se tivermos uma fiscalização séria, fecharmos mesmo os lixões, teremos oportunidades para todo mundo”, complementou o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Marcos Fonseca. “Oportunidades para nós, que trabalhamos com ferro, mas também para quem trabalha com vidro, plástico, papel e no recolhimento destes materiais”.

Para que isso realmente saia do papel, entretanto, empresários cobram ações do governo federal. Apesar de sancionada, a política de resíduos ainda não foi regulamentada e, portanto, não existem normas claras para sua aplicação nos estados e municípios.

Empresários dizem que também não há recursos suficientes para adotar todas as mudanças previstas na lei em um prazo tão curto. Segundo Ariovaldo Caldagio, diretor do Sindicado das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur), sem investimentos, o projeto exemplar pode tornar-se somente uma carta de intenção.

“Podemos sonhar com a mudança na coleta do lixo, mas precisamos investir para torná-la real”, disse ele, durante uma das mesas de debate do congresso.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Secretário de Biodiversidade vê risco de se repetir em Nagoya fracasso de Copenhague

O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Ferreira de Souza Dias, disse na última quinta-feira que vê risco de se repetir este ano, em Nagoya, no Japão, o fracasso da Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas (COP) ocorrida, no ano passado, em Copenhague sobre mudanças climáticas. O tema deste ano – biodiversidade - será debatido entre os dias 18 e 29 de outubro.

"Nós vamos trabalhar até o último momento para o sucesso da conferência, mas existem desafios muito grandes e não há, por enquanto, apoio de todos para garantir esse sucesso", disse. Ferreira informou que vários países ricos estão impedindo a conclusão das negociações do protocolo e muitos deles não querem colaborar financeiramente para que sejam adotadas medidas de preservação ambiental.

Ferreira ressaltou ainda que, caso não haja acordo entre os países participantes, "o Brasil será um dos mais prejudicados por ser rico em biodiversidade". Segundo o secretário, em 2020, data limite para adoção de metas de preservação da fauna e da flora, o país pode ser acusado de não ter obtido êxito na implementação de medidas.

Na avaliação do secretário, o Brasil tem avançado nas ações tanto que conseguiu reduzir em 75% a taxa de desmatamento, no período de 2004 a 2009, embora reconheça a necessidade de avançar ainda mais.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

1º Workshop de Licenciamento Ambiental será realizado em Campinas

Freitas Penteado Sociedade de Advogados e Integra Cursos promovem o primeiro encontro para discussão dos aspectos atuais sobre o Licenciamento Ambiental

Campinas recebe pela primeira vez um Workshop de Licenciamento Ambiental. O evento, organizado pelo escritório Freitas Penteado Sociedade de Advogados, especializado em Direito Ambiental, em parceria com o Integra Cursos, será realizado no dia 25 de setembro, das 8h30 às 17h, no Hotel Vitória New Port Residence Campinas.
Voltado a empresários, prepostos, administradores, servidores públicos, advogados e estudantes, o workshop oferecerá subsídios práticos e teóricos sobre os processos e procedimentos na obtenção de licenças ambientais, propiciando ainda o conhecimento da Legislação Ambiental e os Aspectos Técnicos do Licenciamento Ambiental.
Segundo Luis Fernando de Freitas Penteado, um dos sócios do escritório Freitas Penteado Sociedade de Advogados, entre os temas abordados estão as normas jurídicas, técnicas e especificidades do licenciamento ambiental no Estado de São Paulo, além da apresentação de cases. “Queremos trazer para os gestores de Campinas uma abordagem prática e atual sobre obtenção de licenças ambientais, frente às recentes alterações ocorridas no âmbito da Secretaria de Meio Ambiente do Estado e, principalmente, da CETESB”.

Serviço
1º Workshop de Licenciamento Ambiental de Campinas
Data: 25 de setembro
Horário: 08h30 às17h
Local: Hotel Vitória NewPort Residence Campinas – Rua Santos Dumont, 291- Cambuí
Inscrições pelo site www.integracursos.com.br - vagas limitadas, valor promocional para estudantes

Programação
Normas jurídicas do Licenciamento Ambiental no Estado de São Paulo
Luis Fernando de Freitas Penteado – Advogado. Mestre em Direito Ambiental – PUC/SP. Professor da FGV no curso de pós-graduação (Especialização) de Elementos de Direito Empresarial, ministrando as aulas de Direito Ambiental (Licenciamento e Responsabilidade). Professor da PUC-SP (COGEAE) nos cursos de Pós-Graduação (Especialização) em Direito Ambiental, com ênfase nos módulos de Mudanças Climáticas e de Gestão Ambiental. Cursou MBA em Gestão Empresarial pela FIA-USP. Auditor Interno NBR ISO 14.001, pelo Instituto Vanzolini/USP. Atuação prática na área pelo Escritório Freitas Penteado Sociedade de Advogados e pela Empresa PRANA Assessoria e Gestão AMBIENTAL Ltda.

O Sistema de Licenciamento Ambiental no Estado de São Paulo após suas recentes alterações
Célia Regina Buono Palis Poeta – Engenheira Química. Especialista em Engenharia Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública – USP e Engenharia Sanitária Industrial pela FAAP. Coordenadora e Professora do Curso de Licenciamento Ambiental da CETESB. Gerente da CETESB de Osasco (1996 a 1997), da Coordenadoria de Licenciamento Integrado e Ações Preventivas (1997 a 2000) e da Coordenadoria de Normalização de Ações (2000 a 2003), da Diretoria de Controle de Poluição Ambiental da CETESB, Secretária Executiva do Balcão Único de Licenciamento Ambiental Integrado da SMA (2003 a 2008). Atualmente é Gerente do Setor de Apoio - Proteção aos Mananciais da CETESB.

Case WTORRE RESIDENCIAL: Centro Urbano Parauapebas, PA - dificuldades na elaboração do EIA/RIMA
André Ostermayer: Engenheiro Florestal, responsável técnico pelos licenciamentos ambientais e coordenador da WTORRE RESIDENCIAL.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cidades já consomem 70% dos recursos naturais do planeta

Dados da Organização das Nações Unidas constatam que mais da metade da população mundial está nas cidades e já é responsável pelo consumo de 70% de todos os recursos que o homem retira da natureza. Até 2050, com a estimativa de que a população do planeta supere 9,2 bilhões, a Terra terá 6 bilhões de habitantes, quase 90% da população atual, vivendo no espaço urbano. Diante desses números, governos estaduais, prefeituras e comunidades precisam reconhecer o valor do capital natural (água, solo, biodiversidade). Os formuladores de políticas públicas têm razões de sobra para tentar encontrar, o mais rápido possível, soluções de combate à degradação dos ecossistemas e minimização da perda da biodiversidade.

O alerta está no relatório "A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade para Políticas Locais e Regionais (TEEB, sigla em inglês)", lançado no Brasil, em workshop realizado nesta quinta-feira (09/09) em Curitiba (PR) e simultaneamente na Bélgica, Índia, Japão e na África do Sul. Nele, 140 especialistas das áreas de ciência, economia e política de mais de 40 países concluíram que os serviços ambientais podem impulsionar as economias locais, gerar milhões de novos empregos e melhorar a qualidade de vida nas cidades.

Segundo o diretor do Departamento de Biodiversidade do MMA, Bráulio Dias, que representou a ministra Izabella Teixeira no encontro, o relatório "é importante para que os gestores públicos reconheçam o valor econômico da biodiversidade". Par ele, o documento pode ajudar na solução do impasse entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico. "Mostra (o TEEB) que os serviços ambientais têm o papel de reduzir os impactos ecológicos do desenvolvimento."

O documento reconhece e recorre a dados e exemplos para demonstrar que ecologia e economia não só podem, como devem, caminhar juntas nas políticas públicas. O relatório levanta, principalmente, a questão de valoração e impacto do uso e preservação dos recursos naturais. Os atuais níveis da pegada ecológica e social do homem, nome que os especialistas dão aos recursos naturais necessários para que cada ser humano viva, devem ser incluídos nas contas de planejamento das economias locais. Bráulio cita como exemplos recentes enchentes e desmoronamentos no Brasil com prejuízos econômicos elevados, e bem superiores ao que seria gasto com medidas de preservação do meio ambiente.

O relatório chama a atenção em três aspectos para as quais as políticas públicas precisam estar voltadas: a distribuição dos benefícios da natureza, o uso do conhecimento científico disponível e o engajamento dos gestores e das comunidades envolvidas nas ações de preservação. O relatório estuda, ainda, áreas protegidas e o aumento dos benefícios locais da conservação, e dá orientações sobre os incentivos de recompensa da boa administração de capital natural local, tais como sistemas de pagamento localmente adaptados por serviços ambientais, certificação e rotulagem.

Esse é o primeiro de uma série de cinco relatórios, que serão levados à Convenção da Biodiversidade (COP-10) em Nagoya, no Japão. Ele contribui também para o Atlas Ambiental online da Agência Europeia de Meio Ambiente, com estudos de vários esforços que já vêm sendo feitos para associar ecossistemas e a biodiversidade nas iniciativas de políticas locais. Segundo Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, um dos organismos que realizam o workshop, alguns governos locais já acordaram para o problema da preservação ambiental e têm adotado as medidas necessárias, com ganhos para suas economias locais. "Mas muitos ainda precisam aderir", acredita.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

EFEITO ESTUFA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS PARTE 3: PROTOCOLO DE QUIOTO E MERCADO DE CARBONO

O artigo anterior abordou importante medidas adotada a partir da Eco-92, dentre as quais, o Inventário nacional de emissões e remoções antrópicas de gases de efeito estufa (GEE) cujo objetivo principal era de manter até o ano 2000 as emissões de GEE dos países industrializados, nos mesmos níveis daquelas ocorridas em 1990. Desde a Eco-92 repercutiram alguns indícios de que o clima mundial já estava sofrendo alterações e em 1997, durante a COP-3, foi adotado o Protocolo de Quioto, um grande avanço no combate ao efeito estufa.

De acordo com o Protocolo, foi proposto que os países do Anexo 1, industrializados, reduzissem suas emissões de GEE durante o período de 2008 a 2012 em pelo menos 5,2% das emissões de 1990. Para que o referido Tratado Internacional entrasse em vigor era necessário que 55% dos países responsáveis por 55% das emissões ratificassem tal documento. No período em que esteve aberto a assinaturas, entre março de 1998 a 1999, o Protocolo foi assinado por 84 países. Somente em 2004, com a adesão da Rússia, o Protocolo de Quioto contabilizou os 55% de países membros da Convenção que entregaram a ratificação, aceitação, aprovação e acessão, entrando em vigor em fevereiro de 2005.

O Protocolo estimula que os países do Anexo 1 promovam o desenvolvimento sustentável através dos mecanismos de Implementação Conjunta, Comércio de Emissões e Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Esses mecanismos de diminuição das emissões devem ocorrer por meio de aumento da eficiência energética, pesquisa e uso de novas fontes de energias, investimentos em tecnologia para sequestro de carbono, recuperação ou tratamento de resíduos para menor emissão de metano, incentivos ou subsídios para todos os setores diminuírem as emissões de GEE e de gases do Protocolo de Montreal.

O mecanismo de MDL, proposto pelo Brasil à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, consiste em considerar que por ser um problema global, os gases de efeito estufa podem ser evitados ou retidos em qualquer lugar do mundo, uma vez que os benefícios também serão mundiais. Dessa forma, o MDL permite que todos os países signatários do Protocolo participem dos projetos de crédito de carbono, os quais podem ser certificados nos países em desenvolvimento e vendidos através das reduções certificadas de emissões (RCEs) para que os países desenvolvidos cumpram suas metas.

Mercado de carbono
Os mecanismos de MDL usados para obter créditos de carbono são projetos que visam evitar a emissão ou reter gases de efeito estufa, relacionados no Protocolo de Quioto, por meio de: produção e uso de combustíveis renováveis; substituição de práticas agrícolas como a queimada da cana-de-açúcar para facilitar a colheita; geração de energia eólica e solar; eficiência energética; reflorestamento; melhorias em infra-estrutura de transporte e plantas industriais; geração de hidrelétrica; entre outras.

Para ser aprovado, o projeto precisa ter participação voluntária pelas partes envolvidas; benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo relacionados à mitigação do clima; e redução de emissões adicionais que não ocorreriam na ausência do projeto. Também deve cumprir uma série de critérios, estabelecidos em 2001 por um Conselho Executivo, que consiste em sete etapas aprovadas e validadas uma a uma. No Brasil, o responsável pela verificação e aprovação é a Comissão Interministerial de Mudança Global (CIMGC) do Clima, representando a Autoridade Nacional Designada (AND).

No mercado de carbono, cada tonelada de gás carbônico reduzida ou sequestrada equivale a um crédito de carbono, sendo que os outros gases de efeito estufa também podem ser convertidos em créditos fazendo o cálculo segundo sua equivalência perante o dióxido de carbono(CO2). Em São Paulo, a Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F) já possui um instrumento de trading de RCEs. Também é possível registrar projetos de MDL para negociação no mercado, de forma transparente e organizada, por meio do convênio com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Entretanto, cabe ressaltar que não existem regras específicas de mercado no Brasil para a comercialização dos créditos de carbono, podendo essa ser realizada normalmente, nos termos da oferta/demanda, sem haver a necessidade de registro em Bolsas ou de algum ambiente específico para tanto.

No mais, diante de dificuldade de cumprir todos os critérios, países não signatários do Protocolo de Quioto ou que não precisam reduzir suas emissões podem participar do mercado voluntário. A Bolsa do Clima de Chicago, é um exemplo de mercado voluntário auto-regulável que negocia as RCEs, assim como o The Gold Standard (WWF) e o Voluntary Carbon Standard (VCS), atualmente, mais procurados e com mais credibilidade. Mesmo nesse mercado paralelo os projetos precisam ser certificados, porém com critérios menos rigorosos que o de Quioto.

No próximo e último artigo da série sobre efeito estufa e mudanças climáticas irei tratar sobre o GHG Protocol e os inventários empresariais.

Marjorie D. A. Rodrigues é Bióloga e Mestre em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambienta. Atualmente está cursando Especialização em Engenharia Ambienta na Unicampl. Trabalha na PRANA Ambiental, assessoria que oferece serviços de adequação ambiental com ênfase em sustentabilidade, buscando compatibilizar a proteção do meio ambiente com desenvolvimento econômico. Saiba mais em http://www.ambienteprana.com.br e http://www.ambienteprana.blogspot.com. Para ler o Artigo anterior publicado no Portal EcoDebate, acesse http://www.ecodebate.com.br/2010/07/30/efeito-estufa-e-mudancas-climaticas-parte-2-inventario-nacional-de-emissoes-e-remocoes-antropicas-de-gee-artigo-de-marjorie-d-a-rodrigues/

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Treinamento Ambiental

Na próxima quarta-feira, a Prana Ambiental realizará um treinamento com os funcionários do Hotel Vitória New Port, em Campinas. O objetivo do evento é anunciar as iniciativas ambientais, que serão adotadas pelo hotel, propostas no Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa, elaborado pela Prana.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Resíduo eletrônico no Brasil

O lixo eletrônico, também chamado de resíduo tecnológico, formado por pilhas, baterias, computadores, CDs, DVDs, celulares, rádios, e muitos outros, é um problema cada dia maior para o Brasil. Segundo um estudo realizado pelo Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), entre os emergentes, o país é o que produz maior volume de lixo eletrônico por pessoa a cada ano, que equivale a 0,5 quilos.

Além disso, desinformadas, as pessoas descartam seus eletrônicos no lixo comum, que vão parar em aterros. Com isso, os solos, as águas e o ar são contaminados, trazendo danos ao ambiente e para a saúde humana. Para evitar essa contaminação, é importante que o lixo eletrônico tenha uma destinação adequada.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determina que a União, Estados e municípios elaborem planos para tratar os lixos sólidos, estabelecendo metas e programas de reciclagem, e responsabilizando as indústrias pelos produtos eletrônicos produzidos por elas. Os produtos eletroeletrônicos e seus componentes deverão retornar para as empresas, que darão a destinação ambiental adequada. Aprovada no senado no começo de julho e sancionda pelo presidente Lula em 2 de agosto de 2010, a PNRS abordará a obrigação dos consumidores compartilharem a responsabilidade do ciclo de vida dos produtos, tendo o dever de separar, armazenar e destinar corretamente, reduzir a geração de resíduos sólidos e diminuir o desperdício de materiais.

O mercado da reciclagem de eletroeletrônicos apresenta particularidades tais como a tecnologia complexa envolvida, os custos, a destinação das peças e materiais quando desmontados, o mercado que os reutiliza, dentre outros. Os equipamentos devem ser desmontados para que as peças e materiais constituintes sejam separados e destinados para reciclagem de acordo com a sua classificação. Entretanto há partes do produto eletrônico que não é possível reciclar e deve ser encaminhado para tratamento ambientalmente correto.

Desde 2008, no Estado de São Paulo, o acesso das pessoas aos locais de coleta e reciclagem de lixo eletrônico ficou mais fácil. Em conjunto com o Instituto Sérgio Motta, a Secretaria do Meio Ambiente criou o projeto “e-lixo maps”, que associa um banco de dados de postos de coleta com a plataforma Google Maps. No site, inserindo o CEP e o tipo de lixo eletrônico a ser descartado, é possível encontrar os locais mais próximos que recebem e reciclam esse tipo de resíduo eletrônico.


Marjorie D. A. Rodrigues é Bióloga e Mestre em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental. Trabalha na PRANA Ambiental, assessoria que oferece serviços de adequação ambiental com ênfase em sustentabilidade, buscando compatibilizar a proteção do meio ambiente com desenvolvimento econômico.

Saiba mais em http://www.ambienteprana.com.br/

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

EFEITO ESTUFA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS PARTE 2: INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES E REMOÇÕES ANTRÓPICAS DE GEE

No primeiro artigo “Efeito Estufa e Mudanças Climáticas: alterações no planeta e redução de emissões de GEE” foram abordados os conceitos de efeito estufa e mudanças climáticas, e também o progresso das reuniões, conferências e ações realizadas para conciliar alternativas de desenvolvimento econômico com baixo impacto na natureza e manutenção da conservação e proteção do meio ambiente.


Dentre essas reuniões, destacaremos neste artigo a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida também por ECO-92. Ela merece destaque por ter resultado em duas importantes medidas: consolidação do tratado internacional chamado Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças do Clima (CQNUMC), ou apenas Convenção, e criação da Agenda 21, documento com conjunto de metas que devem ser traçadas por cada país para adequar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade, com respeito ao meio ambiente e promoção da justiça social.

Como resultado, os países signatários da Convenção, os quais somam 186 atualmente, comprometeram-se em buscar os limites obrigatórios de emissões e fazer Inventários Nacionais empregando metodologias comparáveis. Esses inventários devem ser estruturados por fontes e remoção por sumidouros1 de gases de efeito estufa (GEE), com exceção dos gases CFCs e HCFCs, uma vez que esses dois gases são objeto de controle do Protocolo de Montreal firmado em 1987. O conteúdo de cada inventário deve conter as emissões de GEE diretas e indiretas, seguindo o padrão das metodologias do IPCC (órgão científico intergovernamental que fornece informações sobre mudanças climáticas), ser exposto com transparência nos dados e métodos, consistência, exatidão das informações apresentadas e passar por um controle de qualidade. É importante ressaltar que os Inventários Nacionais devem ser disponibilizados à Convenção cumprindo os prazos de acordo com o anexo em que o país está agrupado. Nesse cenário, países industrializados reunidos no Anexo 1 são obrigados a enviar relatórios regulares e inventários anuais, enquanto os demais países, conhecidos como não-Anexo 1, apresentam os inventários periodicamente junto com suas Comunicações Nacionais.

Brasil

Na primeira Comunicação Nacional, o Brasil apresentou o Inventário relativo aos anos de 1990 a 1994, e a segunda Comunicação deverá ser entregue em 2011 com dados referentes ao ano base de 2000, contendo informações adicionais referentes aos outros anos de 1990 a 2005 e com atualização dos dados do primeiro inventário. Os desafios a cada Comunicação são de apurar e detalhar cada vez mais as fontes de emissões brasileiras; obter informações não existentes por meio de censos, estatísticas, dentre outros; conscientizar a população a colaborar, uma vez que não existe legislação para fornecimento de informações; obter acesso a projetos de MDL que contabilizem as reduções.

De acordo com o Ministério de Ciência e Tecnologia, órgão nacional responsável pela coordenação geral do Inventário Brasileiro, 150 instituições e 700 especialistas estão envolvidos com a produção, compilação e detalhamento de dados, verificação da metodologia, relatórios de referência e revisão do conteúdo final. Em cada Inventário Nacional são apresentados dados sobre os gases de efeito estufa diretos e indiretos dos setores de energia, processos industriais, agropecuária, mudança no uso da terra e florestas e tratamento de resíduos.

Em 2009, São Paulo assumiu o compromisso de fazer o Inventário de Emissões de GEE do Estado de São Paulo, gerenciado pela rede PROCLIMA/ CETESB/SMA. O objetivo era de cooperar com o Inventário Nacional ao identificar a contribuição dos diversos setores nas emissões de GEE. Com essa iniciativa, formou-se uma rede de instituições para dar apoio técnico ao cálculo de emissões diretas e indiretas dos mais variados segmentos presentes no Estado. Neste ano, também foi aprovada a Política Estadual de Mudanças Climáticas, a qual será abordada no próximo artigo junto dos inventários empresariais.

No terceiro artigo da sequência abordarei o Protocolo de Quioto criado dentro da Convenção, como ele deu origem ao mercado de créditos de carbono oficial e paralelo, e também como os mecanismos de desenvolvimento limpo estão inseridos nesse contexto.

1Sumidouros de GEE: qualquer processo, atividade ou mecanismo que remova gases de efeito estufa.



Marjorie D. A. Rodrigues é Bióloga e Mestre em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental. Trabalha na PRANA Ambiental, assessoria que oferece serviços de adequação ambiental com ênfase em sustentabilidade, buscando compatibilizar a proteção do meio ambiente com desenvolvimento econômico.

Saiba mais em http://www.ambienteprana.com.br/

Para ler o primeiro Artigo publicado no Portal EcoDebate, acesse: http://www.ecodebate.com.br/2010/06/25/efeito-estufa-e-mudancas-climaticas-alteracoes-no-planeta-e-reducao-de-emissoes-de-gee-artigo-de-marjorie-d-a-rodrigues/

EFEITO ESTUFA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS: ALTERAÇÕES NO PLANETA E REDUÇÃO DE EMISSÕES DE GEE

Este será o primeiro de uma série de artigos que abordarão efeito estufa, mudanças climáticas e inventário de gases de efeito estufa (gee). A estrutura desse primeiro artigo é predominantemente científica, para esclarecer conceitos e dar base aos demais.

O calor necessário para a conservação da temperatura da Terra e manutenção da vida é mantido devido ao Efeito Estufa. Esse fenômeno ocorre naturalmente pela presença do vapor d’água e dos gases como dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, CFCs, dentre outros, na atmosfera. Os raios solares incidem sobre a superfície terrestre e são refletidos de volta para o espaço. Ao passarem por esses gases, os raios infravermelhos são absorvidos e refletidos novamente para o planeta, fazendo com que o calor da atmosfera seja absorvido pelos oceanos e superfície terrestre. Dessa forma, quanto mais quente a atmosfera, maior é a temperatura global.

As consequências do aumento da temperatura na Terra não são totalmente conhecidas. Alguns dos efeitos já estão acontecendo, como as mudanças nos ciclos de chuva, que alteram as vegetações locais e a agricultura; alteração das correntes marítimas, influenciando o clima no continente, a pesca e a navegação; aumento da velocidade de degelo das geleiras e calotas polares, e consequente aumento do volume dos oceanos; e crescimento de áreas desérticas.

O cuidado que devemos ter é de não responsabilizar as mudanças climáticas por todas as catástrofes que se tem sucedido. Erupções vulcânicas, terremotos e tsunamis são fenômenos naturais do planeta, que ocorrem devido às movimentações de acomodação das placas tectônicas. Esses fenômenos físicos não são influenciados pelo efeito estufa ou pelo clima da Terra.

Durante cerca de dez mil anos antes da Revolução Industrial, a concentração de gás carbônico permaneceu constante na atmosfera. Depois do século XVIII e, principalmente, a partir de 1850, quando a população urbana ultrapassou a rural, a ação antrópica aumentou a quantidade de emissão de gases de efeito estufa. O crescente uso de combustíveis fósseis como carvão, gás natural e, principalmente, petróleo; o desmatamento e as queimadas de florestas; a poluição dos solos e das águas fizeram aumentar a concentração de dióxido de carbono, ampliando a ação do efeito estufa.

Muitas foram as tentativas de conscientizar as nações através de reuniões, encontros e conferências internacionais, porém a preocupação com o meio ambiente era tida como luxo frente à necessidade do desenvolvimento industrial e econômico.

Durante a Assembléia Geral da ONU, em 1988, foi criado o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC). Essa organização foi instituída com o intuito de fornecer aos países informações científicas sobre o que está acontecendo com o clima do mundo e é a base de dados usada mundialmente até os dias atuais. No entanto, foi na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), mais conhecida como Rio-92 ou ECO-92, que um grande avanço foi dado: 155 países assinaram a Convenção das Nações Unidas se comprometendo a fazerem inventários nacionais das emissões de gases de efeito estufa (GEE), estabelecer metas e programas nacionais de mitigação.

Em 1995, em Berlim, durante a COP-1 (Conferência das Partes da Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima), foram firmadas as negociações sobre a implantação da Convenção, determinando que as atividades firmadas anteriormente fossem de forma voluntária e conjunta entre os países desenvolvidos. Somente na COP-3, em Kyoto, dois anos depois, os países desenvolvidos assinaram um Protocolo se comprometendo a reduzir as emissões de GEE em 5,2% até 2012, o qual entraria em vigor após 55% dos países terem ratificado o documento. Nas COPs subsequentes não houve ação de caráter significativo, resultando inclusive em negociações frustradas. A ratificação do Protocolo de Kyoto só entrou em vigor em 2005, e, a partir de então, as discussões foram direcionadas para o que virá depois de 2012.

Periodicamente o Brasil, país signatário da Convenção, apresenta o seu inventário nacional e, além disso, contribui de forma voluntária na redução de suas emissões. Por meio de ações iniciais como uso do álcool combustível e geração de energia por hidrelétricas, o país impulsionou a pesquisa de fontes de energia alternativas menos poluentes, mais sustentáveis e limpas. Segundo dados da publicação Contribuição do Brasil para Evitar a Mudança do Clima, atualmente, a matriz energética do país é constituída por 40% de fontes renováveis e 30% do consumo doméstico provém de derivados de produtos de biomassa.

Para promover o desenvolvimento de energia limpa e outras medidas para diminuição das emissões de GEE, o governo federal e outras instituições vêm disponibilizando fundos de financiamento. No âmbito federal, temos o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o Programa de Desenvolvimento Limpo; a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que possui o Programa de Apoio a Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Pró-MDL); e a Caixa Econômica Federal, que disponibiliza uma linha de crédito para financiamentos de projetos de MDL em áreas específicas. No Estado de São Paulo foi lançada recentemente a Linha Economia Verde pela Nossa Caixa Desenvolvimento, para estimular pequenas e médias empresas a cumprirem as metas da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PECM), Lei 13.798/2009.

Nos próximos artigos iremos abordar o inventário nacional, a Política Estadual de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo, o papel das empresas e indústrias paulistas nas metas estabelecidas por esta lei e inventários de emissões de GEE empresariais e industriais.



Marjorie D. A. Rodrigues é Bióloga e Mestre em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental. Trabalha na PRANA Ambiental, assessoria que oferece serviços de adequação ambiental com ênfase em sustentabilidade, buscando compatibilizar a proteção do meio ambiente com desenvolvimento econômico.

Saiba mais em http://www.ambienteprana.com.br/

Entrevista Rádio Valinhos FM

O Dr. Luis Fernando de Freitas Pentado, advogado ambiental e proprietário da Prana, participou do Jornal Bom Dia, da Rádio Valinhos FM, em 15 de junho.
Ouça a entrevista na íntegra nos links abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=ju4mcMW2MZE

http://www.youtube.com/watch?v=zs-XBUsJ7SA

http://www.youtube.com/watch?v=tRfLqy0MHAI

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Palestra para o Grupo Cosan

No último sábado, dia 17 de julho, o Dr. Luis Fernando de Freitas Penteado, sócio do escritório Freitas Penteado Advogado Associados, parceiro da Prana Ambiental, ministrou uma palestra sobre Aspectos de Direito Ambiental para o Departamento Jurídico do Grupo Cosan. No evento, que aconteceu no Hotel Bristol, em Piracicaba, Dr. Luis abordou os seguintes temas:

- Lei da Política Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA;
- Responsabilidade Ambiental (civil, administrativa e penal);
- Termo de Ajustamento de Conduta;
- Lei de Crimes Ambientais;
- Inversão do ônus da prova nas ações ambientais;
- APP e RFL – Formas de instituições, prazos, posições doutrinárias e jurisprudências (legislação federal e estadual);
- Legislação específica sobre a queima da palha da cana-de-açúcar e zoneamento agroambiental do setor sucroalcooleiro;
- Legislação ambiental aplicável aos distribuidores e revendedores de combustíveis.

No site do escritório você encontrará a palestra na íntegra. Acesse http://www.freitaspenteado.com.br.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Entrevista Rádio Valinhos FM

O advogado ambiental Dr. Luis Fernando de Freitas Penteado, proprietário da Prana , concedeu uma entrevista ao Jornal Bom Dia, da Rádio Valinhos FM, no dia 29 de março.
Clique nos links abaixo e ouça a entrevista na íntegra.

http://www.youtube.com/watch?v=Q4j2Rrh0oCA

http://www.youtube.com/watch?v=mF1F4XelBSE

http://www.youtube.com/watch?v=oNXy70h8kq8

http://www.youtube.com/watch?v=nkqltxpU_yI

terça-feira, 13 de julho de 2010

Participação do Hotel Vitória New Port na Campanha Telhado Branco (One Degree Less)

A Prana Ambiental está fazendo o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Hotel Vitória New Port Campinas, e uma das medidas sugeridas para compensar essas emissões foi a pintura do telhado na cor branca, sugestão essa que foi colocada em prática na última semana. Mas você sabe por que mudar a cor de telhados de branco pode ajudar a conter os efeitos do aquecimento global?

Leia o texto abaixo e descubra!

Com atitudes simples e ao nosso alcance, é possível ajudar a combater o aquecimento global. É o que mostra a campanha "One Degree Less - White Roofs Initiatives for 100 Cities”, criada pela ONG Green Building Council Brasil para ajudar a baixar a temperatura do planeta em um grau. A proposta da campanha é incentivar a pintura de telhados das grandes cidades, para assim diminuir os efeitos do aquecimento global.

Mas por que exatamente a cor do telhado faz a diferença? Hoje, nas grandes cidades, por conta do uso de energia elétrica e retenção da radiação solar pelos telhados e tetos de casas e edifícios principalmente, há a formação das chamadas ilhas de calor, que são as responsáveis pela elevação da temperatura nas áreas urbanas. Isso acontece porque os telhados e tetos absorvem uma parte do calor e o transferem para o interior do edifício, enquanto a outra parte é irradiada de volta para a atmosfera. O resultado dessas temperaturas elevadas? Aumento do gasto com energia com ar-condicionado e ventiladores, dos níveis de poluição do ar e da incidência de doenças relacionadas ao calor.

Quando os telhados e tetos são pintados de branco, cores claras ou frias, possibilitam a diminuição das ilhas de calor e do acúmulo de gases poluentes e de efeito estufa, geram mais conforto no interior de edifícios e casas, e diminuem o consumo de eletricidade. É indicado que os tetos e telhados planos sejam pintados de branco e os inclinados de cores frias, permitindo, respectivamente, uma compensação de 10t e 5t de CO2 a cada 100m2. Para ficar ainda mais nítido como essa mudança de cor teria um impacto grandioso para todo o planeta, o site da ONG afirma que, se somente os tetos tivessem suas cores escuras substituídas, seria possível conseguir uma compensação de 24 bilhões de toneladas de CO2. E se em 20 anos todos os tetos forem pintados, o efeito será o mesmo de retirar metade dos carros que rodam em todo o mundo a cada ano deste programa.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Entrevista Rádio de Valinhos

Hoje daremos uma entrevista na Rádio de Valinhos, às 08h15. Acesse o site http://www.valinhosfm.com.br/ ou sintonize 105,9 e acompanhe!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Artigo: Implicações das Políticas de Mudanças Públicas para o setor produtivo

Contribuir com informação de relevância para toda a sociedade é função da Prana Ambiental.
Confira o artigo assinado pelo Dr. Luis Fernando Freitas Penteado, proprietário da Prana, que foi publicado no site Indústriabrasileira.com: http://www.industriabrasileira.com/noticias/sustentabilidade-implicacoes_das_politicas_de_mudancas_publicas_par

Boa leitura!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Vitória NewPort Residence Campinas

No último mês de maio, a Prana Ambiental apresentou para a rede de hotéis Vitória, um relatório com o diagnóstico de Emissões de Gases de Efeito Estufa - GEE - referente ao Vitória NewPort Residence Campinas.
Neste relatório, encontram-se informações baseadas nas diretrizes do Programa Brasileiro GHG Protocol, IPCC, ISO 14064 e dados fornecidos pela Secretaria do Meio Ambiente e Ministério da Ciência e Tecnologia.
O diagnóstico concretiza a preocupação do Vitória NewPort Residence com a sua responsabilidade socioambiental, na busca de uma atuação mais sustentável.

Faça a sua parte também!


Entre em contato com a Prana!

Encontro dos Amigos do Deputado Arnaldo Jardim


A Prana Ambiental fez o invetário de emissões de gases de efeito estufa, do evento do Deputado Arnaldo Jardim.
O evento aconteceu no dia 9 de maio, para 1.100 pessoas, no Espaço das Américas, em São Paulo, com o tema "Encontro dos Amigos do Deputado Arnaldo Jardim".

Quer saber mais sobre o trabalho da Prana? Entre em contato!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aspectos Relevantes da Prática Empresarial em Gestão Ambiental

No último mês, a Prana Ambiental realizou o primeiro Workshop em Gestão Ambiental, no Vitória NewPort Residence Campinas.

Com o apoio da Tetra Pak, Freitas Penteado Sociedade de Advogados e Provector Contabilidade, o evento contou com grandes nomes da área:

- Luis Fernando de Freitas Penteado


Advogado Ambiental, sócio do Freitas Penteado Sociedade de Advogados, escritório especializado em Direito Ambiental. Mestre pela PUC-SP em Direito Ambiental (Mudanças Climáticas e Responsabilidade Ambiental). Cursou MBA em Gestão Empresarial em Negócios pela FIA-USP. Professor de Direito Ambiental do curso de Especialização da PUC-SP/COGEAE. Certificado Auditor Interno ISO 14.001 pelo Instituto Vanzolini (USP).

- José Valverde Machado Filho


Secretário Parlamentar na Câmara dos Deputados - Gabinete do Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) – responsável técnico pela elaboração da Política Nacional de Resíduos Sólidos e Lei Paulista de Resíduos Sólidos; Especialista em Direito Ambiental pela PUC-SP/COGEAE, Pós graduando em Gestão Ambiental – SENAC-SP; Diretor do Departamento de Meio Ambiente da FIESP.

- MSc Josilene Ticianelli Vannuzini Ferrer


Mestre em Ciência do Ambiente, Procam, USP, 2002. Especialista em Teoria e Prática do Meio Ambiente, 1997. Especialista em Gestão Ambiental, UNICAMP, 1996. Cientista Social, USP, 1984. Participa da Delegação Brasileira da Conferência das Partes da Convenção do Clima e Protocolo de Kyoto desde 2005 como observadora. Professora da FAAP e coordenadora de curso de Pós Graduação em Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Questões Globias pela FAAP. Professora convidada em cursos de Pós Graduação em Meio Ambiente em inúmeras faculdades (PECE/USP, UNICAMP, FACENS, UNILINS, Instituto Mauá de Tecnologia, entre outras).

- Franscisco Toledo Piza


Presidente da Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Participou da elaboração do Plano de Bacia do PCJ. Coordenador de Projetos da SABESP, onde atuou de 1975 a 2006. Elaborou planos de projetos de saneamento no Brasil e no exterior (Peru, Paraguai, Equador e Colômbia). Professor do Instituto Presbiteriano Mackenzie em Saneamento Básico.

- Marcela Bentes


Advogada especialista em Direito Ambiental pela PUC-SP/COGEAE. Atualmente compõe o Departamento Jurídico da CETESB, desde 2005, tendo atuado nas Divisões de Assuntos do Meio Ambiente e Contencioso Ambiental, na elaboração de estudos, pareceres normativos e manifestações em procedimentos administrativos ambientais, na participação do Grupo de Estudo de Revisão da Norma CETESB sobre parcelamento do solo, na orientação às áreas técnicas quanto à aplicação da legislação ao caso concreto, dentre outros.

E esse Workshop foi o primeiro de muitos que ainda faremos em Campinas.

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