O desmatamento na Amazônia neste ano deverá superar a taxa anual medida no ano passado. O primeiro sinal claro aparece nos alertas de desmatamento e degradação da floresta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sistema Deter acumulou em 11 meses do período de coleta da taxa anual uma área maior do que a captada entre agosto de 2009 e julho de 2010.
Até junho, o Deter registrou 2.429,5 quilômetros quadrados de florestas abatidas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 35% no ritmo das motosserras. No mês, o aumento foi de 28%.
Os dados de julho, que completarão os 12 meses da taxa oficial, só serão divulgados no final do mês. Mas os dados até aqui já superaram os 2.294 quilômetros quadrados de desmatamento medido até julho de 2010, o menor da série histórica do Inpe. O anúncio da taxa oficial está previsto para o final do ano.
Mauro Pires, diretor de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, prefere não especular sobre a nova taxa. "Vai ficar muito próxima da taxa de 2009 e de 2010", disse. Em 2009, o sistema Prodes indicou o abate de 7.464 quilômetros quadrados de desmatamento. No ano seguinte, o Prodes mediu o corte de 6.451 quilômetros quadrados de floresta.
Qualquer número acima do recorde registrado no ano passado significará a interrupção de uma queda do desmatamento que vem sendo registrada desde 2008. E pode comprometer os compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. O desmatamento ainda é a maior fonte de emissão de carbono no país.
O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, chama a atenção para a diferença entre os dois sistemas do instituto. O Deter é responsável pelos alertas de desmatamento. Mais rápido, é menos preciso, não alcança pequenas áreas. O Prodes, no qual se baseia a taxa oficial anual de desmatamento, alcança áreas pequenas, mas só considera o corte raso de árvores.
Câmara confirma o aumento de 35% nos alertas de desmatamento do Deter no período de 11 meses. Mas não autoriza o mesmo tipo de projeção para a taxa oficial anual.
"Ainda é cedo para extrapolar estes dados para o computo anual do Prodes. Ainda faltam os dados de junho de 2011 para fazer uma avaliação melhor. Se os dados de julho deste ano forem muito inferiores aos de julho de 2010, como resultado da intensa fiscalização do governo, não irá se configurar um cenário de aumento forte do desmatamento", afirmou o diretor do Inpe.
Em maio, o governo criou um gabinete de crise, com a participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança, para conter o aumento de desmatamento registrado no começo do ano, sobretudo no Mato Grosso. "Diante do que poderia acontecer, a tendência que temos hoje é de contenção", insiste Mauro Pires.
Em junho, o Pará foi recordista em desmatamento. O Estado foi responsável por 38% do abate de árvores registrado nos seis Estados da Amazônia. Em parte, o recorde pode ser justificado pela menor presença de nuvens na região no período de passagem dos satélites.
Ritmo das motosserras na Amazônia já superou o do ano passado
Desmatamento acumulado entre agosto e julho (em km2)
2004/2005: 12.310
2005/2006: 10.937
2006/2007: 4.972
2007/2008: 8.139
2008/2009: 4.373
2009/2010: 2.294
2010/2011*: 2.429,5
* até junho
Pará lidera no mês
Em junho, os satélites captaram desmatamento de 312,7 km2
AM : 41.7 km2
MA : 5.2 km2
MT : 81.5 km2
PA : 119.6 km2
RO : 64.2 km2
TO : 0.5 km2
Fonte: Estadao.com
Inventário de Emissões de GGE - Licenciamento - Terceirização de Departamentos / Secretarias Ambientais - Auditoria Ambiental - Projetos de Eficiência Energética - Assessoria em Sustentabilidade
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Luis Fernando de Freitas Penteado participa da 4ª FIBoPS
O advogado ambiental Luis Fernando de Freitas Penteado participou da 4ª edição da Feira Internacional para Intercâmbio das boas práticas Socioambientais (FIBoPS), que aconteceu entre os dias 26 e 28 de julho, em São Paulo.
Durante o evento, o advogado ambiental, que é professor dos cursos de Pós-graduação Lato Sensu da PUC-SP, FGV e FAAP, e sócio da Prana Assessoria e Gestão Ambiental, apresentou a palestra "Sustentabilidade Cooperativa: necessidade de incorporação de conceitos de inovação", representando a PUC-SP.
Além disso,Luis Fernando participou do debate sobre Plataforma Sinergia, falando sobre a gestão ambiental de empreendimentos hoteleiros, fez parte do corpo de jurados que analisou os projetos de sustentabilidade e entregou parte dos prêmios.
Veja algumas fotos do evento:
Durante o evento, o advogado ambiental, que é professor dos cursos de Pós-graduação Lato Sensu da PUC-SP, FGV e FAAP, e sócio da Prana Assessoria e Gestão Ambiental, apresentou a palestra "Sustentabilidade Cooperativa: necessidade de incorporação de conceitos de inovação", representando a PUC-SP.
Além disso,Luis Fernando participou do debate sobre Plataforma Sinergia, falando sobre a gestão ambiental de empreendimentos hoteleiros, fez parte do corpo de jurados que analisou os projetos de sustentabilidade e entregou parte dos prêmios.
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